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Construir, construir: Portugal precisa de 45 mil casas novas por ano

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Para resolver a grave crise de habitação no país, segundo a AICCOPN. No ano passado foram construídas 32 mil casas.

“Mais prédios, mais construção”. Há muitos portugueses que estarão fartos de ver tantas gruas, às vezes praticamente à porta de casa.

Mas, aparentemente, é mesmo preciso construir muitas casas em Portugal, para resolver (ou no mínimo suavizar) a crise de habitação no país.

Segundo a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), são precisas 45 mil casas novas por ano para responder às “graves carências habitacionais do país”. No ano passado foram construídas 32 mil.

Manuel Reis Campos, presidente da AICCOPN, está confiante depois de ter visto o programa do Governo, que vai “ao encontro das necessidades identificadas”.

O Governo promete um programa de parcerias público-privadas para construção e reabilitação “em larga escala”. Quer promover novos conceitos habitacionais, a construção modular e injectar no mercado imóveis e solos público devolutos ou subutilizados, entre outras propostas.

“As medidas serão um forte estímulo à construção de habitação e, desta forma, uma célere resposta” à crise da habitação, comentou o responsável, em declarações ao Dinheiro Vivo.

O especialista em imobiliário Bento Aires também tem esperança num programa que tem “condições para que se produza mais habitação” – embora ache que “parece pouco, face ao problema que se tem”.

Paulo Caiado, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), acha que este programa tem “contributos muito importantes na resolução do problema da habitação em Portugal”.

Com exemplos: “Utilizar a margem contida na estrutura fiscal associada à construção de casas novas, apoiar os jovens no acesso à primeira habitação, clarificar a importância da coabitação de um mercado livre e um mercado controlado, pacificar a relação entre inquilinos e proprietários, conquistar a confiança de investidores e proprietários”.

Destaca-se o alívio fiscal: “É importante ressalvar como positivo o alargamento do IVA na taxa mínima de 6% (é 23%) nas obras e nos serviços de construção”, comentou Bento Aires.

Ricardo Sousa, director da Century 21 Portugal, acha que deveria haver um apoio financeiro extraordinário a agregados familiares “realmente vulneráveis” – ou seja, com um esforço igual ou superior a 50% do seu rendimento líquido disponível com habitação.

ZAP //

1 Comment

  1. Realmente o problema é de falta de casas… Até porque não há milhares de casas desabitadas nem nada.
    Estes querem é construir, construir, construir, para se encherem, encherem e encherem.
    Se eles pedissem que se baixassem os preços das vendas e arrendamentos para niveis suportáveis à maioria dos portugueses é que seria de admirar.

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