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22 milhões de pessoas já pediram subsídio de desemprego nos Estados Unidos

Michael Reynolds / EPA

O Presidente dos EUA, Donald Trump

A perda de empregos que atingiu a economia norte-americana com a crise causada pelo coronavírus levou mais 5,2 milhões de pessoas a solicitarem subsídios de desemprego na semana passada.

As previsões dos analistas apontavam para cinco milhões de novos inscritos na semana entre 5 e 11 de abril. Nas últimas quatro semanas, cerca de 22 milhões de pessoas pediram subsídios de desemprego, após as medidas de confinamento adotadas a meio de março para conter a pandemia de covid-19, indicou o Departamento do Trabalho.

Os números da semana passada, embora continuem em níveis historicamente elevados, representam um ligeiro recuo em relação aos da semana anterior, quando os pedidos de apoio por desemprego tinham chegado a 6,61 milhões.

Esta semana, milhões de norte-americanos começaram a receber as transferências diretas de dinheiro, que integram o pacote de estímulo económico aprovado pelo Congresso. Os pagamentos ascendem a 1200 dólares (cerca de 1100 euros) por pessoa com rendimentos anuais inferiores a 75 mil dólares, 2440 no caso de casais casados, acrescidos de 50 dólares por filho menor de 17 anos.

Se bem que a maior parte das pessoas vá receber o dinheiro na conta bancária, as Finanças dos Estados Unidos também vão enviar cheques. Donald Trump está a ser muito criticado por ter exigido que neles conste o seu nome, uma vez que, até hoje, nunca um inquilino da Casa Branca tinha assinado cheques deste tipo.

A líder Democrata da Câmara dos Representantes norte-americana, Nancy Pelosi, considerou “vergonhoso” que o nome do republicano surja nos cheques, o que poderá retardar o seu respetivo envio.

“Atrasar os pagamentos diretos às famílias vulneráveis apenas por imprimir o nome nos cheques é mais um novo exemplo vergonhoso do fracasso catastrófico do Presidente Trump no tratamento da crise com a urgência que se requer”, reagiu em comunicado.

Os Estados Unidos são o país onde a pandemia de covid-19 fez até agora mais mortes (30.985) e mais casos de infeção confirmados (639 mil).

ZAP // Lusa

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