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Cerca de 20 milhões de crianças não tomaram vacinas que lhes podem salvar a vida

No último ano, quase 20 milhões de crianças não tomaram vacinas que potencialmente lhes poderiam salvar a vida, deixando-as imunes a doenças como sarampo.

Os dados são revelados pelas Nações Unidas, que alertam para “a preocupante estagnação das taxas de vacinação globais devido a conflitos e desigualdades”. Doenças como sarampo, difteria, tétano e tosse convulsa poderiam ser evitadas.

“As vacinas são uma das ferramentas mais importante para prevenir surtos e manter o mundo seguro”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor mundial da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essas mesmas ferramentas, revela um relatório da ONU esta terça-feira, estão a deixar de ser dadas às crianças.

O documento conjunto da OMS e da UNICEF, o fundo da ONU para a infância, mostra que 19,4 milhões de crianças não foram “completamente vacinadas”. Um número confirma a tendência dos últimos anos, que tem aumentado – em 2016 eram 18,5 milhões e em 2017 18,7 milhões.

“São aqueles que estão mais em risco – os mais pobres, marginalizados, que vivem em zonas de conflito ou que são forçados a deixar as suas casas – que persistentemente deixam de as tomar”, sublinha Ghebreyesus em comunicado.

Entre várias doenças, a Organização Mundial da Saúde aponta o sarampo, a difteria, o tétano e a tosse convulsa como algumas das que poderiam ser evitadas caso a vacinação fosse completada. A taxa de vacinação para estas patologias está fixada nos 86% desde 2010, o que “não é suficiente”.

Só no ano passado mais do que duplicou o número de casos de sarampo reportados às autoridades médicas. É, na opinião da diretora da Unicef, um “indicador em tempo real” da necessidade de aumentar as taxas de vacinação. Henrietta Fore aponta o movimento “antivacinas” na Europa e nos EUA como uma da principais causas para o ressurgimento da doença, que deixa as pessoas em perigo.

Há, no entanto, uma melhoria na vacinação contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV), cuja a toma passou a estar incluída em boa parte dos programas de vacinação de países desenvolvidos (Portugal incluído desde 2014).

ZAP //

 

 

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