Miguel A. Lopes / Lusa
O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues
Entre 2001 e 2017, o número de inspetores a Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) passou de 304 funcionários a exercer essas funções para 179, registando assim uma queda de 41%.
O Sindicato dos Inspetores da Educação e do Ensino (SIEE) afirma, no entanto, que o trabalho dos inspetores não tem reduzido na mesma proporção que o número de profissionais, avança o Público nesta segunda-feira.
O SIEE alerta ainda para a necessidade de um reforço “num futuro próximo”, podendo “não ser mais possível garantir um modelo inspetivo de intervenção, junto das instituições, tal como o país exige”.
A média de idades dos inspetores está acima dos 55 anos, número que também está a gerar preocupação. Em março passado, 40 funcionários tinham entre 60 e 64 anos e 12 tinham entre 65 e 69.
Questionado pelo jornal, o Ministério da Educação afirma que o concurso para contratar 30 novos inspetores – previsto já há vários anos – deverá arrancar entre setembro e outubro, não justificando os motivos do atraso.
A IGEC tem um orçamento estimado em cerca de 15 milhões de euros, podendo atuar em 8489 instituições — 5727 no ensino não superior público, 2572 no ensino privado, 175 instituições públicas do ensino superior e mais 15 outras estruturas da ciência e educação.
