Episódio fatal na Indonésia, no sábado, entra no pódio dos mais fatais de sempre. Lista, que preferíamos não apresentar, iniciou-se em 1982.
Um jogo de futebol na Indonésia acabou mal. Muito mal: pelo menos 125 pessoas morreram depois de uma invasão de campo.
O duelo entre Arema FC e Persebaya Surabaya tinha terminado pouco antes quando começaram os confrontos, com reacção da polícia. Centenas de adeptos correram para uma porta de saída mas começaram a morrer pisadas ou devido a asfixia.
Este episódio entra para o topo das maiores tragédias de sempre verificadas num estádio de futebol.
Em número de mortos, é superada por um jogo realizado em 2001, no Gana: 126 mortos, igualmente depois de invasão de campo e de a política ter disparado gás lacrimogéneo.
A lista recordada pela agência Reuters inclui o histórico jogo em Hillsborough, quando 96 adeptos do Liverpool foram esmagados e morreram.
No ano anterior, 1988, o Nepal ficou marcado pela morte de mais de 90 adeptos, que tentavam abrigar-se de uma tempestade de granizo. A saída do estádio em Katmandu estava fechada.
Perto desse número, em 1996, na Guatemala, 82 pessoas morreram quando uma bancada caiu parcialmente.
Há uma década, no Egipto, confrontos violentos ditaram a morte de 73 pessoas. O treinador Manuel José estava no estádio.
Mais atrás, em 1985, um incêndio causou a morte de 56 adeptos no Reino Unido.
África do Sul registou duas tragédias semelhantes em número de mortes: 43 em 2001, quando adeptos tentaram entrar à força num estádio; 42 em 1991, devido a confrontos entre adeptos – num jogo de pré-temporada.
A Bélgica, o Estádio Heysel, assistiu à tragédia mais mediática de sempre: 39 mortos antes da final da Taça dos Campeões Europeus de 1985, esmagados.
Em 2009, na Costa do Marfim, 19 pessoas morreram em nova debandada. Em França, em 1992, uma bancada cedeu e 18 pessoas morreram.
O episódio mais recente, antes deste na Indonésia, ocorreu já neste ano, nos Camarões, onde oito pessoas morreram.
A tragédia mais antiga será a mais fatal de sempre. 1982, ainda União Soviética: pessoas esmagadas ao sair do estádio em Moscovo. Mas as autoridades locais não divulgaram números ao longo de diversos anos. Quando divulgaram, anunciaram a morte de 66 pessoas – mas estima-se que tenham morrido 340 adeptos.