120 mil euros para subornar PSD (e líder do Chega/Ovar como “estafeta”) na mira do MP

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Manuel Fernando Araújo / Lusa

O ex-autarca de Ovar, Salvador Malheiro, integra as listas da AD para as eleições de 10 de março

Atual líder do Chega de Ovar acusa o ex-autarca de exigir 120 mil euros em dinheiro, em nome do PSD, para adjudicar obra. Ministério Público já abriu um inquérito.

O Ministério Público (MP) já abriu um inquérito relacionado com o caso de alegada corrupção que envolve diretamente o ex-presidente da Câmara de Ovar Salvador Malheiro.

Em causa está uma entrevista ao Diário de Notícias onde Malheiro, Presidente da Comissão Política Distrital de Aveiro do PSD e Vice-Presidente da Comissão Política Nacional dos sociais-democratas, é acusado pelo antigo militante do PSD e atual líder do Chega de Ovar Mário Monteiro de ter recebido envelopes com dinheiro em troca da adjudicação de uma obra.

Integrante das listas da Aliança Democrática (AD) para as eleições legislativas de 10 de março, o então presidente da Câmara de Ovar terá exigido, em nome do PSD, 120 mil euros ao empreiteiro José Barros de Sousa para lhe garantir a obra em causa.

Terá sido Mário Monteiro quem apresentou o empreiteiro a Malheiro e o responsável por efetuar os pagamentos em dinheiro.

Em declarações aos jornalistas, no sábado passado, Malheiro assumiu que já esteve “várias vezes” com Mário Monteiro, que classificou como “o representante do empreiteiro em questões normais institucionais da Câmara Municipal”. Classificou, no entanto, as acusações como “imaginação pura” e “ilusão”.

“Esse senhor vai ter de provar que é verdade”, garantiu, reforçando que está de consciência tranquila.

Malheiro apresenta queixa

Malheiro confirmou, na sua página na rede social Facebook, o que já tinha anunciado no sábado passado : apresentou esta terça-feira, no tribunal local, uma queixa-crime contra Monteiro.

“Apresentei, hoje, no Tribunal de Ovar, queixa-crime contra Mário Victor Monteiro.
No passado fim de semana fui alvo de acusações muito graves, completamente falsas e infundadas, proferidas, na primeira pessoa por esse senhor e com ampla difusão na comunicação social”, começou por se defender o político natural de Esmoriz.

“Espero agora que a justiça seja célere por forma a minimizar os graves danos causados sobre a minha Pessoa”, concluiu o ex-autarca.

O empreiteiro José Barros de Sousa não quis fazer comentários quando confrontado pelo DN.

ZAP //

6 Comments

  1. Então o denunciante está envolvido! Esta é muito estranha. Segundo ele, levou o dinheiro e depois foi denunciar o recetor da massa e o transportador da mesma, ou seja ele próprio. Esta só do Chega! Vai levar uma porratada que até anda de roda!

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