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11.ª dobradinha. Benfica fecha época com chave de ouro

Miguel A. Lopes / Lusa

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O Benfica fechou hoje a época com ‘chave de ouro’, ao vencer a Taça de Portugal de futebol pela 26.ª vez, após bater o Vitória de Guimarães, por 2-1, juntando a ‘prova rainha’ ao tetracampeonato.

Raúl Jiménez (48 minutos) e Salvio (53) anotaram os tentos benfiquistas e nem o golo de Zungu (78) impediu que as ‘águias’ somassem a 11.ª ‘dobradinha’ da sua história, algo que não sucedia desde 2013/14, quando conquistou os dois troféus, sob o comando de Jorge Jesus.

Os ‘encarnados’, que sucedem ao Sporting de Braga, somam, agora, 26 Taças de Portugal (em 36 finais), mais 10 do que os rivais Sporting e FC Porto, cada um com 16, ao passo que o técnico Rui Vitória arrecadou o seu quinto troféu desde que assumiu o comando da formação da Luz, em 2015.

Duas semanas após ter assegurado o inédito ‘tetra’, o técnico do Benfica apresentou precisamente o mesmo ‘onze’ que goleou os vitorianos nesse jogo (5-0), há duas semanas, com Cervi a ocupar a ala esquerda ofensiva, enquanto Raúl Jiménez formou dupla de ataque com Jonas.

Pedro Martins, operou duas alterações relativamente a essa partida do Estádio da Luz, devolvendo a baliza ao jovem Miguel Silva, que substituiu Douglas, e colocando o extremo Raphinha no lugar do uruguaio David Texeira.

A decisão da Taça foi bem diferente do encontro do campeonato, tal como os dois técnicos tinham antevisto, desde logo porque a chuva não deu ‘tréguas’ nem aos intervenientes nem aos muitos adeptos que tentaram dar ‘cor’ a um dia cinzento.

O Vitória de Guimarães arrancou a partida com a clara intenção de ‘ferir’ o adversário, mas seriam os ‘encarnados’ a ameaçar de forma mais incisiva, primeiro num remate de Pizzi, que saiu ao lado, e, sobretudo, num cabeceamento falhado por Luisão, à passagem do quarto de hora.

Contudo, a lesão de Fejsa, pouco depois – teve de ser rendido por Samaris – obrigou a alguns minutos de paragem, que acabaram por reduzir o ímpeto benfiquista. Os vitorianos equilibraram o jogo a partir desse momento.

De resto, os minhotos dispuseram, no espaço de um minuto, de duas ocasiões para inaugurar ao marcador: Hernâni, num pontapé acrobático, obrigou Ederson a aplicar-se para manter o ‘nulo’, e, logo de seguida, Rafael Miranda ficou a centímetros do golo, na sequência de um canto.

Os ‘encarnados’ procuravam canalizar jogo pela banda esquerda, onde Grimaldo e Cervi eram os mais assertivos na procura da baliza vitoriana, embora Miguel Silva continuasse a ser um mero espetador, numa primeira parte muito estratégica e com poucos lances de verdadeira emoção.

Ao contrário do vídeo-árbitro, que esteve em pleno funcionamento pela primeira vez nas competições nacionais, o Vitória de Guimarães regressou do descanso ‘offline’, aproveitando o Benfica para ganhar uma importante margem em apenas cinco minutos.

Primeiro, Jonas surgiu em zona frontal, rematou para defesa incompleta de Miguel Silva e Raúl Jiménez surgiu rapidíssimo a finalizar com classe, picando por cima do guardião e inaugurando o marcador.

Cinco minutos volvidos, Pizzi, Jonas e Nélson Semedo combinaram dentro do ‘bloco’ vimarenense e o lateral cruzou com precisão para a entrada de rompante de Salvio, que, de cabeça, não deu hipóteses ao guarda-redes minhoto.

A resposta do Vitória foi imediata e Marega assustou Ederson, num livre que passou muito perto do poste, mas seriam as ‘águias’ a ficar novamente à beira do golo, não fosse a barra a impedir os festejos de Jonas.

O Benfica não dilatou a vantagem e o conjunto da ‘Cidade Berço’ conseguiu mesmo reduzir, por intermédio de Zungu, que, na sequência de um canto, subiu mais alto que a concorrência e devolveu a esperança aos muitos adeptos vimarenenses que se deslocaram ao Jamor.

A 10 minutos do final, o ‘fantasma’ das duas últimas decisões da Taça começava a pairar no ar, mas, ao contrário do que sucedeu ao Sporting de Braga em ambas, o Benfica não acusou o ‘golpe’ e ainda dispôs de duas oportunidades de ‘ouro’ para fechar o jogo, só que nem Pizzi nem Raúl Jiménez conseguiram fazer o mais fácil, prolongando o estado de ansiedade da ‘torcida’ benfiquista.

No entanto, os dois lances desperdiçados não impediram a festa dos ‘encarnados’, que ‘rebentou’ assim que Ederson subiu nas alturas para desfazer a última tentativa do Vitória e segurar o triunfo dos tetracampeões nacionais.

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