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Quase 10% das 1234 vagas para novos médicos ficaram por preencher

O maior concurso para entrada de médicos recém-especialistas não conseguiu preencher todas as vagas: concorreram 1117 médicos para as 1234 vagas disponibilizadas pelo Ministério – 117 lugares (9,5%) ficaram por preencher. 

Apesar do Ministério da Saúde não ter conseguido completar todas as vagas disponibilizadas – cerca de 10% a 15% acima do número de médicos que terminaram a especialidade em abril – Ordem sublinha que a proporção de candidatos é mais alta que o habitual.

“Este concurso abriu mais vagas do que os potenciais candidatos. Numa análise que é ainda superficial, a percentagem de candidatos recém-especialistas deste concurso é mais alta do que o habitual. Isto mostra que quanto mais cedo abrem os concursos, maior é a percentagem de ocupação de vagas”, disse à Lusa o bastonário da Ordem dos Médicos.

Na verdade, aponta o Ministério da Saúde, o número de candidatos ao concurso deste ano para médicos recém-especialistas foi o mais elevado de sempre, sublinhando que geralmente ficam vazias mais de 10% das vagas.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde sublinhou que a captação de médicos do atual concurso para o SNS “foi superior ao que acontece em anos anteriores”. Fernando Araújo afirma mesmo que “os números são muito positivos” e que “nunca tinham concorrido tantos médicos”.

Segundo dados do Ministério a que o Público teve acesso, para as 1234 vagas postas a concurso, concorreram 1117 médicos, ficando por preencher 117 vagas (menos de 10%).

O bastonário dos Médicos, Miguel Guimarães, entende que este concurso “terá sido um daqueles em que mais recém-especialistas concorreram”, indicando que houve até várias especialidades com mais candidatos do que vagas abertas.

As várias estruturas médicas pressionaram este ano o Governo para que não se atrasasse a abrir os concursos para os jovens que terminaram o internato este ano, depois de no ano passado o concurso ter demorado mais de 10 meses a abrir.

Quando foram anunciadas as 1.234 vagas para o concurso deste ano, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, explicou que abriu entre “10% a 15% de vagas acima dos médicos que terminaram o internato”, sobretudo para tentar captar médicos de fora do Serviço Nacional de Saúde.

Em relação a este objetivo, o bastonário dos Médicos entende que pode ter falhado, mas indica que é necessário aguardar por dados mais concretos do Ministério da Saúde.

O concurso foi lançado a 26 de julho. Das 1.234 vagas, 378 eram para medicina geral e familiar e 856 para áreas de especialidade hospitalar e para saúde pública.

ZAP // Lusa

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