Em Itália, cerca de 10.000 estudantes de medicina vão ser dispensados do exame final que dá acesso à profissão. De acordo com a agência Reuters, que avança a notícia, está é uma medida do Governo que visa reforçar o sistema de saúde que está sobrecarregado devido ao novo coronavírus oriundo da China (Covid-19).
O ministro do Ensino Superior italiano, Gaetano Manfredi, explicou que os finalistas de medicina do país deste ano podem trabalhar nove meses no setor da saúde, ficando assim dispensados dos exames obrigatórios para aceder à profissão.
Esta medida “significa libertar imediatamente no Serviço Nacional de Saúde a energia de cerca de 10.000 médicos, que é fundamental para enfrentar a escassez de recursos que o nosso país está a enfrentar”, disse o governante, citado em comunicado.
Uma vez que não têm treino específico para combater a Covid-19, estes estudantes não vão trabalhar diretamente no tratamento dos infetados, ficando antes com tarefas de triagem, realização de testes e avaliação de casos suspeitos.
Poderão ainda dar apoio nas unidades de clínica geral, libertando assim outros médicos mais experientes para o combate direto da Covid-19, explica o jornal italiano Il Messaggero, citado pelo portal Newsweek.
Itália, recorde-se, é o país europeu mais afetado pela Covid-19, que foi entretanto declarada pandemia pela Organização Mundial de Saúde. Os países mais afetados depois da China, onde o surto nasceu, são Itália, com 2.978 mortes em 35.713 casos, o Irão, com 1.135 mortes (17.161 casos) e a Espanha, com 598 mortes (13.716 casos).
A pandemia de Covid-19 já provocou 8.784 mortos em mais de 209.000 casos de infeção registados em 150 países e territórios desde o início da epidemia.