A Mulher Maravilha foi escolhida em outubro como a embaixadora honorária da ONU para o empoderamento das mulheres e das raparigas, mas o cargo acaba de lhe ser retirado.
As Nações Unidas consideraram a personagem de banda desenhada um “símbolo da paz, justiça e igualdade” e tornaram-na Embaixadora Honorária para o Empoderamento das Mulheres e Meninas pelo mundo, passando a ser a imagem da campanha para a tarefa número cinco dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: alcançar a igualdade de género até 2030, com o slogan “Pense sobre os milagres que podemos alcançar”.
A revelação foi feita numa cerimónia que decorreu na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, e já na altura não agradou algumas organizações feministas e até membros da ONU, que alegavam que existiam muitas mulheres reais que podiam ter sido escolhidas, em vez de uma personagem de ficção.
Foi mesmo criado um site para mostrar que a Mulher Maravilha (“Wonder Woman”, no nome original) é demasiado sexualizada e ligada aos EUA (por vestir as cores da bandeira norte-americana) e uma petição online assinada por quase 45 mil pessoas a pedir que a escolha fosse retirada.
E assim, menos de dois meses depois, a ONU voltou atrás. A organização internacional anunciou esta terça-feira que desistiu de usar a Mulher Maravilha na campanha, mas não explicou os motivos. A notícia foi avançada pelo jornal britânico The Guardian.
A Mulher Maravilha deixa de ser embaixadora honorária da ONU a partir desta sexta-feira, mas desconhece-se quem será a sucessora da heroína de BD.
A manter-se esta nomeação, a Mulher Maravilha juntar-se-ia a outras personagens de ficção eleitas pela ONU: a fada Sininho foi a embaixadora honorária para as questões ecológicas, Winnie the Pooh para a amizade e Angry Birds para os assuntos climáticos.
Que maravilha!
Ainda não se lembraram da Catarina Martins ou da Mariana Mortágua!