Operação Pactum: 43 arguidos em organismos do Estado

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A operação desta quinta-feira que visou vários organismos públicos e empresas por suspeitas relacionadas com a aquisição de serviços informáticos entre 2017 e 2025 culminou na constituição de 43 arguidos. Nenhum no Ministério da Justiça.

Dos 43 arguidos, 31 são pessoas e 12 são entidades coletivas, precisou à Lusa fonte da Polícia Judiciária (PJ), sem especificar se se trata de funcionários e empresas do setor público ou privado.

A PJ e a Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciaram na quinta-feira a realização de buscas em vários organismos públicos em Lisboa, Porto e Braga, direcionadas a funcionários e não a “decisores políticos”, por suspeita de viciação de “dezenas de procedimentos de contratação pública e privada” na área das tecnologias da informação.

Estão em causa estão suspeitas de conluios em contratos de serviços informáticos e desvios de fundos europeus que terão o lesado o Estado, num valor global de pelo menos 17 milhões de euros.

O Banco de Portugal, a Secretaria-Geral do Ministério da Justiça, o Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) e o BUPi – Balcão Único do Prédio foram alguns dos organismos visados, confirmaram o supervisor bancário e fonte do Ministério da Justiça.

A ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, mostrou-se surpreendida com a operação, tendo determinado às entidades visadas que fosse prestado todo o apoio necessário aos inspetores, enquanto o Banco de Portugal e o IRN garantiram ter prestado toda a colaboração às autoridades.

Segundo a PJ e a PGR, em causa na Operação Pactum estão, “em abstrato”, suspeitas de participação económica em negócio, abuso de poder, corrupção ativa e passiva, fraude na obtenção de subsídio e branqueamento, entre outros crimes.

Ministério da Justiça sem arguidos

Já nesta sexta-feira, o Ministério da Justiça adiantou que as buscas ão levaram à constituição de qualquer arguido na Secretaria-Geral Ministério da Justiça (SGMJ).

“A SGMJ informa que o alvo das buscas realizadas ontem [quinta-feira], pela Polícia Judiciária (PJ), foram elementos documentais relativos a quatro processos de contratação pública. Desta diligência não decorreu a constituição de arguidos. A SGMJ garantiu total colaboração com o trabalho desenvolvido pela PJ”, adiantou o Ministério da Justiça (MJ) numa nota enviada à Lusa.

A Lusa questionou o MJ sobre o balanço da operação relativamente às buscas no Instituto de Registos e Notariado (IRN) e no BUPi – Balcão Único do Prédio, e aguarda resposta.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. “Viva a Liberdade, Viva Democracia, Viva o 25 de Abril”, o que vemos é que são um Bando de Ladroes, Aldraboes e Vigaristas que se apoderaram do Estado e andam a dançar na ponta do nariz da Justiça e do Povo. Olé!.
    Quanto mais Vivas derem, melhor, mais os gajos avançam.

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