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Governo propõe 6 pórticos à entrada da VCI para desviar pesados

O Governo propôs como solução para mitigar o tráfego na Via de Cintura Interna (VCI), no Porto, a colocação de 6 pórticos à sua entrada para inibir a circulação de pesados – segundo publicação no Instagram entretanto apagada.

Esta quinta-feira, o Ministério das Infraestruturas publicou no Instagram uma fotografia onde propunha 6 pórticos à entrada da VCI no Porto para desviar veículos pesados.

Na fotografia era visível um diapositivo de uma apresentação feita pelo ministro Miguel Pinto Luz aos autarcas da Área Metropolitana do Porto (AMP) na reunião sobre o tema, que decorreu na sede da AMP, esta quinta-feira.

Só que, entretanto, a Lusa lançou uma série de questões e a publicação foi apagada.

Os 6 pórticos propostos

No ‘slide’, com o título “solução proposta”, esta implica a instalação de “seis pórticos nas vias de acesso à VCI”, dos quais dois a sul – na “Ponte da Arrábida e Ponte do Freixo” -; e quatro a norte: “[Autoestrada] A28, EN13 [Estrada Nacional 13], A3 e A43“.

De acordo com o mapa da apresentação, os pórticos a norte localizar-se-iam nas referidas vias ainda antes das saídas para a Estrada da Circunvalação, ou seja, ainda fora dos limites do município do Porto.

Era também possível ler que é sugerida, quanto à VCI, a “aplicação [de uma] taxa [de] atravessamento em determinados períodos + isenção [de] portagem [na] CREP [Circular Regional Exterior do Porto, também denominada A41] durante o mesmo período”.

Sobre a gratuitidade da CREP, o ministro deu umas pistas, após a reunião. Miguel Pinto Luz disse que a CREP (A41) seria tendencialmente gratuita para pesados, nomeadamente de mercadorias, para tentar desviar e reduzir o trânsito da Via de Cintura Interna (VCI), no Porto.

“O Governo irá encetar esforços para, no prazo de quatro ou cinco meses, implementar uma redução das tarifas das portagens na CREP, tendencialmente gratuitas para todos os veículos pesados”, disse Pinto Luz aos jornalistas.

No entanto, a questão dos pórticos não foi abordada pelo ministro.

Contudo, o presidente da AMP Eduardo Vítor Rodrigues admitiu, ao Público, a instalação de portagens na VCI para aplicar a camiões ou uma proibição de circulação nas horas de ponta, quatro horas de manhã e outras quatro de tarde.

Ministério respondeu que “é precoce”

Em resposta à Lusa, o ministério respondeu que “neste momento” é “precoce definir qualquer proposta como definitiva“.

“Como foi referido após a reunião, será criado um Grupo de Trabalho, coordenado pelo secretário de Estado das Infraestruturas e que contará com representantes do IMT e da Infraestruturas de Portugal, para avaliar várias propostas apresentadas pela tutela e pelos próprios municípios com vista a melhorar a circulação da VCI”, disse fonte oficial do Ministério das Infraestruturas e Habitação.

Na quinta-feira, Pinto Luz já tinha dito aos jornalistas que o grupo de trabalho também iria “começar a definir todas as medidas mitigadoras” que podem ser tomadas para “dissuadir o tráfego de passagem por dentro da VCI e por dentro da cidade do Porto”.

O ministro deixou claro, no entanto, que atualmente as medidas “ainda não estão consensualizadas nem fechadas”, dando seis meses ao grupo de trabalho “paritário” para tomar decisões acordadas entre o ministério e os municípios.

Pinto Luz estima que as alterações “poderão reduzir de 16% a 20% o tráfego de veículos pesados na VCI”, falando ainda “na dissuasão de tráfego na VCI durante alguns períodos do dia”, algo que “será implementado nos próximos meses”.

ZAP // Lusa

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