Miguel A. Lopes / Lusa

O presidente do Chega, André Ventura
O Chega anunciou, esta sexta-feira, as listas para as eleições legislativas de 18 de março. André Ventura recuou no “nunca é nunca” a Luís Montenegro… desde que o primeiro-ministro dê “explicações”.
Bem diz o ditado que “nunca digas nunca”.
Depois de no dia 18 de março André Ventura, referindo-se a Luís Montenegro, ter afirmado que jamais faria acordos “com suspeitos de corrupção”, repetindo que “nunca é nunca”; agora, o líder do Chega já admite entender-se com o candidato da AD, caso haja explicações.
O presidente do Chega defendeu a formação de um Governo de direita mesmo que o PS vença as legislativas e não excluiu totalmente um entendimento com a AD, se houver explicações do atual primeiro-ministro.
De acordo com André Ventura, “o Chega está disponível, mas não a todo o custo”, e Montenegro deve “explicar como é que tem o património que tem no exercício da atividade política”.
“Enquanto eu não conseguir perceber, e o Chega não conseguir perceber, como é que ou de onde é que o primeiro-ministro foi buscar este património todo que tem, para nós não há possibilidade de nenhum entendimento”, afirmou, em conferência de imprensa, na sede do Chega, em Lisboa.
Ventura impõe condição
“Portanto, o primeiro-ministro ou tem uma explicação para isto, razoável e credível, ou então não vale a pena fazer nenhuma espécie [de entendimento]”, reforçou.
Antes, o presidente do Chega manifestou a ambição de ver o seu partido tornar-se a força mais votada à direita e realçou que “todas as sondagens indicam que o PSD e o Chega terão uma maioria nestas eleições, todas, mesmo aquelas que dizem que o PS pode vencer”.
“Mesmo que o PS venha a ser o partido com mais votos, o que esperemos que não aconteça, o Chega tudo fará para garantir que haverá um Governo de direita em Portugal que afaste os socialistas do centro do poder”, afirmou.
Chega apresenta listas
Em conferência de imprensa, na sede do Chega, em Lisboa, Ventura anunciou que António Pinto Pereira, que foi cabeça de lista por Coimbra em 2024, ficará agora de fora das listas do partido.
Questionado sobre esta saída das listas, o presidente do Chega disse apenas que foi uma decisão que tomou e que lhe parece “a que melhor salvaguarda os interesses do partido”.
O deputado Henrique de Freitas, que há um ano foi o número um por Portalegre, também saltou fora. E não gostou.
Num conjunto de mensagens enviadas à agência Lusa, Henrique de Freitas, que também exercia funções de presidente da Comissão Política Distrital de Portalegre do Chega, indicou que se demitiu da distrital “com efeitos imediatos”.
O ex-secretário de Estado de governos do PSD descreve que recebeu um telefonema do presidente do partido, André Ventura, a comunicar “que não seria mais cabeça de lista” em Portalegre.
Na resposta, Henrique de Freitas manifesta “enorme desilusão”, sublinhando que pensava que o presidente do partido soubesse “avaliar o mérito político” do grupo parlamentar.
“Enganei-me redondamente. Lamento por ti e lamento pelo Chega“, lê-se na mensagem dirigida a Ventura, enviada à Lusa.
O círculo eleitoral de Portalegre é o que elege menos deputados no país, apenas dois, tendo nas últimas eleições sido atribuídos os mandatos a Ricardo Pinheiro (PS) e Henrique de Freitas (Chega), ex-PSD.
“Há um momento em que os presidentes dos partidos têm que tomar decisões, face ao trabalho levado a cabo e face àquilo que se pretende, e ao perfil que se pretende, e aos resultados que se pretende alcançar”, explicou André Ventura, quando questionado sobre o afastamento de Henrique de Freitas, ex-militante e dirigente do PSD.
Interrogado se estava descontente com o trabalho de Henrique de Freitas, respondeu: “Não, eu não digo descontente. As pessoas às vezes podem não voltar a ser candidatos sem que isso ponha em causa o trabalho que fizeram. Neste caso eu entendo que há um perfil mais indicado para os próximos quatro anos e que esse perfil encaixa no doutor João Aleixo em Portalegre. Não tem que ver com estar mais ou menos contente”.
Já em Coimbra o cabeça de lista será agora o presidente da distrital, Paulo Seco.
Além destes círculos e dos Açores, também em Évora haverá mudança de cabeça de lista: em vez de Diva Ribeiro, será o deputado Jorge Galveias o primeiro candidato do Chega.
Sobre a escolha de Pedro Frazão, há um ano cabeça de lista por Santarém, para o círculo de Aveiro, explicou que tem como objetivo “garantir uma candidatura de luta e de equilíbrio num distrito difícil”, onde “Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro serão candidatos” e que é “um forte distrito tradicional do PSD e do CDS”.
ZAP // Lusa
O PSD é SOCIALISTA ! Quando é que metem isso na cabeça?! Ou ser á que não interessa / convém, porque são tudo Socialistas??? O Socialismoa resume-se são Donos Disto Tudo, e andam com a 2 mãos a meter a mão no Pote.
Mas, afinal, andam com as duas mãos ou só com uma a vasculhar o pote?
Este André Ventura é um catavento.
Anda atrás de um lugar no Governo de forma descarada.
Não é de confiar.