Joao Rogerio Veloso Silva / Facebook
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O conselheiro nacional do Chega e principal rosto da Concelhia de Oliveira do Hospital, João Rogério Silva, perseguiu um rival interno, destruiu-lhe o carro e ameaçou-o de morte com uma faca. Esta agora a ser acusado pelo Ministério Público (MP) de crimes de dano e ameaça agravada.
António Cardoso queria liderar a Concelhia do Chega de Oliveira do Hospital.
Sentindo lugar ameaçado por esta ambição, a 19 de março 2023, João Silva perseguiu-o, destruí-lhe o carro e, com uma faca, ameaçou-o de morte.
Como descreve o MP, citado pelo Jornal de Notícias (JN), António Cardoso foi surpreendido na estrada que liga Oliveira do Hospital a Mangualde, quando o automóvel de João Silva o abalroou por trás.
“Enquanto João Silva se encontrava com a faca na mão, proferiu a seguinte expressão, em tom sério e ameaçador dirigida a António Cardoso, ‘vou-te matar’, tendo de imediato passado com a faca junto ao seu pescoço, simulando o gesto de corte”, detalhou.
O Ministério Público deduziu acusação contra o conselheiro nacional do Chega, com base em mensagens de telemóvel com ameaças, testemunho da vítima e fotografias do automóvel deformado.
Como sabe o JN, o prazo de 20 dias para a abertura de instrução já foi ultrapassado, pelo que João Silva deverá mesmo ser julgado pelo crime.
De acordo com a vítima, o arguido terá confessado o crime às autoridades.
“Confessou ao tribunal e publicamente também. Depois de fazer aquilo, ligou para uma série de testemunhas a dizer o que fez e até à GNR confessou”.
Em declarações ao JN, António Cardoso disse que João Silva até chorou e foi pedir-lhe desculpas de joelhos.
“Ele foi ao escritório da minha advogada e ajoelhou-se lá a chorar para eu o perdoar. Mas eu quero que se faça justiça“, contou.
A vítima diz que não morreu “porque não calhou”, sublinhado que “esta gente”, quando quer perpetuar-se na política e vê alguém incómodo, “é capaz de matar”.
‘Repartição’ de culpas no Chega
Segundo João Silva, terá sido líder da Distrital de Coimbra, Paulo Seco, a incentivá-lo a cometer os atos: “Foi ele que me impulsionou, encorajou e incentivou a cometer o ato”, escreveu o agressor numa publicação interna do portal do Chega, a que o matutino teve acesso.
Paulo Seco negou ser o mandante e diz que só soube do caso “por intermédio de grupos da internet” – motivo pelo qual nunca afastou João Silva da Concelhia.
Mas agora o cenário mudou. Agora, Paulo Seco garante que João Silva não voltará a ser proposto quando for eleito o novo Conselho Nacional, devido a este episódio.
No entanto, também culpa António Cardoso: “Se isso realmente aconteceu, é deselegante de ambas as partes. Um por uma questão provocatória e outro pela reação. Eles têm que responder perante os seus atos, hão de ser condenados ou absolvidos”.
Segundo o JN, os líderes nacionais do Chega sabiam deste caso. Seco é muito próximo de André Ventura e assessor do Grupo Parlamentar na Assembleia da República.
Talvez chegue de “Chega” ; ………….Se a podridão também existe noutros Grupos Políticos , o Sr. Ventura não tem autoridade moral de os criticar , quando nem na sua Casa o lixo é limpo e se vai acumulando .