Depois de, no ano passado, Luís Montenegro ter dito insistentemente a André Ventura que “não é não”; agora, chegou a vez do “nunca é nunca” em sentido contrário.
Nas legislativas de 10 de março de 2024, uma das principais caricaturas das eleições foi o “não é não” de Luís Montenegro a André Ventura.
Esta frase popularizou-se porque, durante toda a campanha e nos dias que seguiram o sufrágio, o líder do Chega insistiu em encostar-se à Aliança Democrática (AD) para governar o país.
Mas Montenegro sempre negou tal possibilidade, lembrando, insistentemente, a Ventura que não é não.
Um ano passou e o país volta a ir a eleições. Na semana passada, o primeiro-ministro não resistiu à moção de confiança no Parlamento, na sequência das várias polémicas empresariais a envolver o seu nome, no último mês.
Agora, Ventura parece querer inserir na campanha das legislativas de 18 de maio um nova caricatura: o “nunca é nunca”.
Esta terça-fira, em entrevista à RTP, o líder do Chega disse recusar fazer acordos “com suspeitos de corrupção”.
Ventura afirmou ainda que “é insustentável um primeiro-ministro estar sob este nível de suspeita e querer ser candidato“.
André Ventura lembrou que “Luís Montenegro tem suspeitas graves (…) e que há uma falta gritante de explicações que o impedem eticamente de voltar a ser primeiro-ministro (…) Com suspeitos de corrupção não faremos acordos“.
Com Luís Montenegro? “Nunca”. Com o PSD? Talvez, mas, primeiro, o partido “terá de fazer a sua própria limpeza interna” – considerou Ventura.
Ainda assim, o presidente do Chega não acredita que o partido tenha salvação: “tenho cada vez menos fé e esperança que o PSD alguma vez mude alguma coisa em relação ao que tem de mudar”.
Ventura admite pôr lugar à disposição
Quando questionado sobre o que aconteceria no partido se, em maio, elegesse menos do que os 50 deputados, Ventura admitiu que a sua liderança seria posta em causa. e devolveria aos militantes a escolha do novo líder.
“O meu lugar está sempre à disposição”, disse Ventura, afastando, contudo, tal cenário eleitoral: “isso não vai acontecer”.
Quanto à ‘pergunta que não quis calar’ e com a qual o jornalista da RTP João Adelino Faria abriu a entrevista, sobre uma eventual desistência à corrida a Belém, Ventura sublinhou que a prioridade é São Bento.
O líder do Chega garantiu estar “completamente focado nas legislativas”. “A minha obrigação é ter maioria para governar”, acrescentou.
O Chega que foi criado para perseguir, prejudicar, e destituir o Presidente Rui Rio na época em que este foi líder do Partido Social Democrata e da oposição: «André Ventura lança movimento para destituir Rui Rio» (https://www.publico.pt/2018/09/22/politica/noticia/andre-ventura-lanca-movimento-para-destituir-rui-rio-1844970).
Na altura o auto-denominado «movimento Chega» representava o dr. Pedro Coelho e o seu bando, ou seja a facção liberal/maçónica do PSD que é contra a linha de Francisco Sá Carneiro, a social-democracia, a regionalização, o Interesse Nacional, e o republicanismo, sendo estes princípios e valores representados pelo Presidente Rui Rio.
Mais tarde o movimento dá origem ao Partido Chega com o objectivo de roubar votos ao Partido Social Democrata – que se tornou uma força política completamente moribunda e descredibilizada pelo dr. Pedro Coelho – prejudicando assim o PSD e o Presidente Rui Rio nas Eleições Legislativas de 2022.
O Partido Chega é uma fraude, uma força política liberal/maçónica criada para tentar manter este ilegítimo, criminoso, corrupto, e anti-democrático regime liberal/maçónico imposto pelo golpe de Estado da OTAN em 25 de Abril de 1974 assim como o sistema político-constitucional ainda em vigor.
O Partido Chega representa os interesses do Partido Socialista e os seus aliados, do dr. Pedro Coelho e seu bando.
Os Portugueses ingénuos ou mais distraídos que apoiam e votam no Partido Chega têm de perceber que estão a ser enganados.