O Rio aplaudiu a 21ª medalha de Phelps (e o etíope com uns quilos a mais)

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O nadador Robel Kiros Habte, da Etiópia, nos Jogos Olímpicos do Rio 2016

O nadador Robel Kiros Habte, da Etiópia, nos Jogos Olímpicos do Rio 2016

Phelps continua a somar medalhas no Rio de Janeiro mas o homem do dia foi mesmo o pior nadador das Olimpíadas, um etíope com uma barriguinha proeminente. Enquanto isso, a água da piscina de saltos ficou misteriosamente verde…

No quarto dia das provas de natação no Rio 2016, o etíope Robel Kiros Habte foi uma das grandes figuras da modalidade.

O atleta não bateu nenhum recorde, pelo contrário, foi até o pior nas eliminatórias dos 100 metros livres, mas conquistou o público com a sua “barriguinha de cerveja”, a contrastar com os corpos atléticos dos restantes nadadores.

Habte terminou em último, a pior eliminatória da prova, onde competiu com outros dois nadadores, ficando a mais de 12 segundos dos rivais, com um tempo de 1m04s95.

O penúltimo classificado dos 59 atletas inscritos foi Sirish Gurung, do Nepal, com um tempo de 57s76. Por outro lado, o melhor das eliminatórias foi o australiano Kyle Chalmers, com 47s90.

Mas, ainda assim, a participação nos Jogos Olímpicos foi uma vitória para o nadador da Etiópia que trabalha como treinador para pagar as contas.

“Acho que sou o único nadador profissional na Etiópia. Ser nadador lá não é comum. Todas as pessoas vão para a corrida. Eu queria fazer um desporto diferente“, conta o atleta de 24 anos, citado pelo Globo.

Habte só foi ao Rio 2016 por convite da Federação Internacional de Natação (FINA) e dedica-se à natação há apenas quatro anos.

Quem soma e segue na natação é Michael Phelps que alargou, para 21, as medalhas de ouro em Jogos Olímpicos, ao integrar a estafeta norte-americana vencedora da prova dos 4×200 metros livres do Rio 2016.

Phelps, que cerca de uma hora antes tinha alcançado nova vitória na final de 200 metros mariposa, conduziu os Estados Unidos à vitória, com o tempo de 7.00,66 minutos, numa equipa composta ainda por Conor Dwyer, Townley Haas e Ryan Lochte.

A Grã-Bretanha assegurou a medalha de prata, enquanto a de bronze foi para o Japão.

Nos 200 metros mariposa, numa prova muito disputada, Phelps venceu com o tempo de 1.53,36 minutos, superando o japonês Masato Sakai, medalha de prata, e o húngaro Tamas Kenderesi, medalha de bronze.

Em apenas quatro dias de olimpíadas no Rio de Janeiro, Phelps já venceu três medalhas de ouro.

O norte-americano de 31 anos, o melhor nadador de sempre, já soma 25 medalhas olímpicas.

Enquanto isso, a piscina onde decorrem as provas de saltos para a água no Rio 2016 ficou misteriosamente verde na noite de segunda-feira, com as posteriores investigações a serem inconclusivas quanto à causa deste fenómeno.

O contraste foi evidente durante a prova de mergulho sincronizado feminino a 10 metros, na terça-feira, em que a água verde contrastava claramente com o azul claro da vizinha piscina do polo aquático.

“Foram realizadas análises à água da piscina de saltos para a água do Centro Aquático Maria Lenk e foi verificado que não apresentam qualquer risco para a saúde dos atletas”, sossegou o responsável das relações com os media, Simon Langford, revelando que “está a ser feita uma investigação para determinar a causa” da anormalidade.

ZAP / Lusa

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