Neil Hall / EPA

Oliver Tarvet
Jovem Oliver Tarvet ultrapassou a primeira ronda do torneio inglês mas ser atleta universitário nos EUA tem as suas desvantagens.
Oliver Tarvet foi um destaque no primeiro dia do quadro principal do torneio de Wimbledon.
Na segunda-feira passada, o jovem – que ocupa apenas o lugar 733 da tabela ATP, o lugar mais baixo de todos – derrotou Leandro Riedi em apenas três parciais. Um triplo 6-4.
Foi a sua primeira vitória no quadro principal de um Grand Slam, aos 20 anos. Foi uma vitória que ditou um encontro com o “monstro” Carlos Alcaraz (o espanhol venceu, já nesta quarta-feira).
E seria um triunfo que seria sinónimo de um prémio de 115 mil euros. Mas não foi. Não recebeu essa quantia.
E é aqui que entra a “história louca” do jovem tenista inglês, como descreve o jornal La Gazzetta dello Sport.
Em vez de receber 115 mil euros, o seu prémio é de pouco mais de 8 mil euros. Ou seja, é menos de 10% do que outro tenista receberia.
Porquê? Há uma explicação rápida: é atleta universitário nos EUA (em San Diego, Califórnia). Está inscrito no circuito universitário, não é profissional. Não pode ganhar mais do que isso, segundo as regras na NCAA – que organiza a maioria do desporto universitário.
“Trabalhei arduamente para conseguir este dinheiro. Não acho que seja imerecido. Talvez devesse haver uma mudança nas regras mas, ao mesmo tempo, não me quero envolver; não é a minha área”, reagiu o jogador, quando foi questionado sobre o assunto na conferência de imprensa depois do duelo com Riedi.
“Esse é o meu sonho (defrontar Alcaraz). Não estou aqui pelo dinheiro, mas apenas pelo público e pela experiência, tentando deixar a minha marca”, completou o tenista.
Oliver só receberia o valor total se aceitasse tornar-se profissional, encerrando a sua experiência universitária.