Assinado tratado entre Reino Unido e Ucrânia, por “100 anos ou mais”. Britânicos enviam quase 3 mil milhões de euros; EUA a seguir?
“Hoje é o dia em que a história da Europa mudou. A Ucrânia e o Reino Unido assinaram um novo acordo de segurança sem precedentes”.
Foi assim que Volodymyr Zelenskyy anunciou o tratado assinado entre Reino Unido e Ucrânia.
Os britânicos aumentam a ajuda militar aos ucranianos, que sobe para 2.9 mil milhões de euros.
O primeiro-ministro Rishi Sunak explicou que esse apoio envolve mais equipamentos de defesa aérea, mais armas antitanque, mais mísseis de longo alcance, mais munições e projécteis de artilharia.
O presidente da Ucrânia acrescentou: “Isto não é apenas uma declaração. Esta é uma realidade que virá através da nossa cooperação e, em particular, das garantias de segurança de uma força global excepcional, o Reino Unido”, cita o canal Euronews.
O acordo de segurança entre os dois países é válido para os próximos 100 anos, “ou mais”, segundo Sunak. Será válido até à Ucrânia entrar na NATO, na prática.
“A Ucrânia não está sozinha e a Ucrânia nunca estará sozinha. Putin pode pensar que vai superar-nos, mas está errado“, disse o primeiro-ministro do Reino Unido.
É o primeiro acordo deste género que a Ucrânia assina com um membro do G7.
Os Estados Unidos da América podem assinar um tratado semelhante com a Ucrânia, em breve.
A embaixadora dos EUA na Ucrânia, Bridget Brink, disse aos jornais ucranianos que o presidente Joe Biden tem esse objectivo e que já começaram as conversas entre os dois Governos sobre esse assunto.
No terreno
As Forças Armadas russas lançaram um ataque combinado com mísseis navais e aéreos, incluindo mísseis hipersónicos Kinzhal, e drones contra alvos da indústria militar ucraniana, informou o Ministério da Defesa russo no seu comunicado diário de guerra.
De acordo com o Ministério da Defesa, os alvos eram “fábricas de produção de projéteis de 155, 152 e 125 milímetros, pólvora e drones”.
“O alvo do ataque foi atingido. Todos os alvos foram atingidos“, acrescentou o comunicado militar russo.
Kiev tinha afirmado que a Rússia tinha lançado 40 mísseis e drones durante o ataque.
No sábado, a Ucrânia ativou os alarmes aéreos depois de bombardeiros russos Tu-95MS terem descolado no Cáspio, lançando posteriormente mísseis X-101/555/55, informou, por seu turno, a força aérea ucraniana no Telegram.
Mais tarde, o lado ucraniano comunicou o lançamento de mísseis Kinzhal a partir de caças MiG-31K, que descolaram de uma base na região russa de Nizhny Novgorod.
ZAP // Lusa
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