Zelenskyy: “Plano para a vitória está pronto”. Ataque ao arsenal russo foi dos maiores de sempre

Justin Lane / EPA

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou, esta quarta-feira, que o “plano para a vitória” da Ucrânia está “totalmente preparado” — no mesmo dia em que a Ucrânia terá lançado o maior ataque ao arsenal russo, desde 2022.

A Ucrânia atingiu, esta quarta-feira, um dos maiores arsenais de armas e munições da Rússia, naquele que pode ter sido o maior ataque ucraniano a arsenal russo, desde 2022.

Como dá conta a RTP, o ataque com drones causou uma das explosões mais “impressionantes”, nesta guerra, obrigando à evacuação parcial da cidade de Toropets, na região de Tver.

Deste ataque, resultou um sismo e um incêndio que se alastrou por uma área de cerca de cinco quilómetros. A NASA relatou também uma série de fontes de calor detetadas pelo seu equipamento a partir do espaço.

De acordo com a Euronews, estima-se que a instalação de Toropets tinham armazenadas cerca de 30.000 toneladas de munições militares, como explosivos, projéteis de artilharia e mísseis balísticos.

O mesmo canal de televisão refere que a destruição das munições deverá afetar negativamente as operações a norte do exército russo, incluindo o abastecimento das tropas em Kursk, Belgorod e Bryansk.

“Plano para a vitória está pronto”

Antes do ataque, num discurso diário à nação, Zelenskyy tinha garantido que o “plano para a vitória ucraniana está totalmente pronto”.

O Presidente ucraniano informou “todos os pontos e todos os aspetos essenciais” do plano – cujo conteúdo ainda não revelou – estão prontos.

Na semana passada, o Zelenskyy indicou que iria encontrar-se com Joe Biden em setembro para lhe apresentar o tal “plano para a vitória”. Declarou, então, que se tratava de um “conjunto de soluções interligadas que darão à Ucrânia poder suficiente para colocar esta guerra no caminho para a paz”.

Em dificuldades no terreno, perante uma vasta ofensiva russa no leste do país, a Ucrânia pediu ao Ocidente que a autorize a atacar alvos militares em solo russo e a ajude a abater mísseis apontados ao seu território.

No entanto, os norte-americanos e os europeus temem que isso possa levar Moscovo a uma escalada do conflito e a um confronto direto.

Zelenskyy apresentará em novembro o seu plano para acabar com a guerra, numa cimeira de paz para a qual a Rússia será convidada.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

Nas últimas semanas, as tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguiram o seu avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.

ZAP // Lusa

Siga o ZAP no Whatsapp

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.