Zelenskyy pesa prós e contras de manter eleições em 2024: “Não se trata de democracia”

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Oleg Petrasyuk / EPA

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy

Zelensky ainda está “a pensar e a pesar os prós e contras” de ir a eleições presidenciais já no próximo ano. O Presidente ucraniano considera que há problemas por resolver: “Não é uma questão de democracia”.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, está “a pensar e a pesar os prós e contras” de organizar eleições presidenciais em 2024, apesar da guerra com a Rússia e dos muitos “desafios práticos”.

A informação foi avançada, esta sexta-feira, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano.

“Não é que ele não queira realizar eleições, mas a realização de eleições nas atuais circunstâncias exigiria um trabalho sem precedentes e exigiria enfrentar desafios sem precedentes”, declarou Dmytro Kuleba, que falava por videoconferência na Conferência Política Mundial, organizada nos Emirados Árabes Unidos.

Antes do início da invasão russa da Ucrânia em 2022, estavam planeadas eleições presidenciais para 2024. Mas a lei marcial, em vigor desde o início da guerra, dificulta o funcionamento eleitoral.

Há problemas por resolver, diz Zelenskyy

No início de setembro, Volodymyr Zelenskyy já tinha dito que estava pronto para organizar eleições no seu país em tempos de guerra “se o povo precisar”.

“Não é uma questão de democracia”, assegurou mas, além de problemas de segurança, há outros problemas a resolver, entre os quais o voto dos soldados que lutam nas trincheiras, ou a chegada de observadores internacionais a uma zona de guerra.

A esta lista, Dmytro Kuleba acrescentou a organização do voto para os milhões de ucranianos no estrangeiro e o risco de que as assembleias de voto na Ucrânia possam tornar-se “alvos perfeitos para mísseis e drones russos”.

Zelenskyy não disse claramente se irá tentar um segundo mandato, mas um dos seus antigos conselheiros Oleksi Arestovich – que caiu em desgraça por ter contrariado a versão oficial sobre um míssil russo que matou 44 pessoas em Dnipro – já anunciou as suas ambições presidenciais.

“Sim, vou concorrer”, disse Oleksi Arestovich à agência Interfax-Ucrânia na quarta-feira, publicando um programa de reformas nas redes sociais.

ZAP // Lusa

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