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Wolfgang Schäuble admite demitir-se

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World Economic Forum / Flickr

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, reconheceu que ele e a chanceler Ângela Merkel têm “distintas opiniões” sobre a Grécia e admitiu a possibilidade de vir a demitir-se.

Numa entrevista hoje publicada pelo semanário “Der Spiegel”, Wolfgang Schäuble admitiu que “faz parte da democracia ter, de vez em quando, opiniões diferentes” e lembrou que em política ninguém pode obrigar os outros a tomarem decisões que são da competência do cargo que exercem.

“Cada um tem o seu papel. Ângela Merkel é chanceler, eu sou ministro das Finanças. Os políticos têm a responsabilidade do seu cargo. Nada os pode forçar. Se alguém tentasse isso, eu poderia pensar em pedir a demissão”, salientou.

Schäuble assegura que a chanceler alemã “pode confiar” nele e que “não tem de se preocupar” pelo facto de a chefe do Governo alemão e ele terem algumas divergências.

O ministro alemão destacou-se nas últimas semanas por representar a ala mais dura dos elementos da zona euro nas negociações com a Grécia, ao propor uma “saída temporária” do país do euro.

Se entre os gregos o ministro é mal visto e responsabilizado pela situação a que chegou a Grécia, na Alemanha Schäuble disfruta de grande popularidade, que o coloca acima de Merkel.

“Nunca dissemos que a Grécia deveria sair da zona euro. Só propusemos a possibilidade de que Atenas pudesse, ela mesma, optar por este caminho temporário”.

Schäublel referiu ainda que a “grande questão”, neste momento, é saber se o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, realizará o programa de reformas e ajustamentos acordados em troca do terceiro programa de resgate de 86.000 milhões de euros.

“Tsipras rejeitou anteriormente um programa similar e depois apostou no ‘Não’ no referendo e obteve uma grande maioria dos votos. Agora quer defender o contrário do que defendeu. Podemos ter dúvidas”, salientou.

Não obstante, Schäuble dá a Tsipras um voto de confiança: “Eu confio agora nas afirmações de Tsipras. É o que exige a justiça. Ele assegurou que vai por em prática o programa, apesar de dizer que não acredita nele. Vamos a ver”.

Schäuble disse também na entrevista que “tentou ajudar o país mais débil” ao longo das negociações.

/Lusa

8 Comments

  1. Por esta entrevista se confirmam as intenções já antes notórias, deste perigoso homem. Agora, por esta entrevista, ficamos já a saber quem será a próxima figura a abater. Cuidado,… muito cuidado, o homem quer ser 1º ministro, vai consegui-lo, e quer fazer renascer opiniões e ideias bem conhecidas dos Europeus.
    Aceitemos as lições que a historia nos já deu, e em devido tempo, ou seja,… parece-me que já, tomemos as atitudes que impeçam o evoluir dos perigosos e já entendidos planos que este homem tem.

  2. Viva a liberdade de opinião condicionada?
    5 anos. Falidos, não um mas dois resgates depois, qdo a economia começava a dar sinais de crescimento, o povo – esperto? – mete lá a esqª revolucionária de aviário que defendia a saída do €uro – como os bloquistas de cá – levam 6 meses a querer fazer ruir a União e o €uro com negociações estéreis para no fim, depois de visitas ao putin e um referendo depois assumir o “supremo interesse” do povo grego em não abdicarem da União nem do €uro!?! São cerca de 500K Milhões… Talvez uma “voltinha” temporária os fizessem sair da sombra da bananeira em que se deitaram à conta da história!

    • Ainda bem que as opiniões contrárias as do Viés também podem aqui ser colocadas… Viva a liberdade de opinião!
      Hitler nunca mais!

  3. E já vai muito tarde mas a merkel pode ir pelo mesmo caminho, NAZIS!A seguir federalismo para a europa e só assim nos libertamos da alemanha para finalmente começarem a crescer todos e não só a alemanha!

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