Um arranha-céus em Londres, desenhado pelo arquiteto uruguaio Rafael Vinoly e conhecido como o “Walkie-talkie”, foi eleito o “edifício mais feio do Reino Unido”.
Ao prédio, com 160 metros de altura, 34 pisos e cuja construção terminou em abril de 2014, foi atribuída a Taça do Carbúnculo, o prémio para o “prédio mais feio construído nos últimos doze meses no país”, concedido pela revista de arquitetura Building Design.
O arranha-céus de escritórios, que está localizado no centro financeiro da capital britânica e que no topo tem um jardim, um miradouro e um restaurante, tem sido alvo de muitas críticas.
Desde que foi construído, em 2014, o número 20 da Fenchurch Street, no centro de Londres, tem sido notícia por supostamente provocar correntes de vento capazes de derrubar os peões na rua e, segundo consta, por ser capaz de derreter carros com o reflexo do sol nas suas paredes envidraçadas com ângulos estranhos.
O reflexo da luz do sol provocado pelo prédio é tão intenso que em 2013 o dono de um Jaguar acusou o edifício, na altura em construção, de ser o responsável por o seu carro ter ficado arruinado.
“O carro esteve estacionado na City por umas duas horas e agora está completamente empenado”, afirmou Martin Lindsay, o infeliz proprietário do Jaguar. “Ficou totalmente arruinado”, lamentou-se.
Alguns vizinhos contaram também que o reflexo do prédio foi responsável por provocar um buraco no tapete de boas-vidas de uma barbearia, do outro lado da rua.
“Estávamos a trabalhar, e de repente começou a sair fumo do tapete”, contou à BBC o proprietário da barbearia, Ali Akay.
“Este é um assunto de saúde e segurança pública, e eles tinham saber disto antes de construir o prédio”, defende Akay.
Mas os reflexos do sol são o menos. O problema é que o edifício é feio. Muito feio.
“É uma torre que parece de um filme de James Bond. É mais típica de um vilão daqueles filmes. Além disso, pode derreter os carros com o reflexo dos raios de sol”, diz Eleanor Jollifee, um dos membros do júri.
Para Thomas Lane, editor da Building Design, o prédio “invade o horizonte londrino como um penetra numa festa”.
A cobertura abaulada do prédio “premiado” também já foi comparada a um terminal de aeroporto.
“O resultado disto é que os londrinos têm agora de aturar a vista deste carbúnculo inchado”, acrescenta Lane.
ZAP / Lusa
O edifício em questão tem 34 pisos e não 347 como é referido!
“Bonito ou feio” pouco importa, sendo certo que o edifício, até pela exposição mediática que lhe estão a dar já se transformou em mais uma landmark da cidade de Londres (walkie-talkie), mesmo junto ao sugestivo supositório gigante da da Swiss Re.
Corrigido,
Obrigado OBE pelo reparo.