Porto-Lisboa: Wagner aproxima-se de Moscovo, onde a situação é difícil

Stringer/EPA

Tanque do Grupo Wagner em Rostov

Grupo para militar está a 340 quilómetros da capital da Rússia, pouco mais da distância entre Porto e Lisboa. Na segunda-feira não se trabalha em Moscovo.

O governador da província de Lipetsk russa afirmou que o grupo paramilitar Wagner entrou na região, a 340 quilómetros de Moscovo.

As colunas do grupo paramilitar Wagner, que lançou uma rebelião armada contra a liderança militar russa, já estão na região de Lipetsk, informaram as autoridades locais.

“O equipamento (de guerra) do grupo Wagner está a avançar no território da região de Lipetsk”, disse o governador local, Igor Artamonov, no canal Telegram.

De acordo com o político, as autoridades locais “estão a tomar todas as medidas necessárias para garantir a segurança da população”.

Difícil na capital

O presidente da Câmara de Moscovo assumiu hoje que a situação é “difícil” na capital russa, para onde se encaminham as forças rebeldes do grupo paramilitar Wagner, e decretou feriado na segunda-feira para limitar as deslocações da população.

“Para minimizar os riscos (…), decidi decretar a segunda-feira um dia de folga“, exceto para certas atividades e serviços municipais, acrescentou o presidente da câmara, Sergei Sobyanin.

O autarca apelou aos moscovitas para que “limitem ao máximo” as suas deslocações na cidade, e avisou que o trânsito pode ser “bloqueado” em certas estradas e em alguns bairros.

O Governador da região de Moscovo anunciou que não haverá qualquer evento público, no exterior ou em escolas, até ao próximo sábado, 1 de Julho.

Andrei Vorobyov explicou que a decisão não se aplica à cidade mas sim à região Moscovo, ou seja, aos arredores da capital.

O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, reivindicou a ocupação de Rostov, cidade-chave no sul da Rússia para guerra na Ucrânia, e apelou a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou a ação do grupo paramilitar de rebelião, afirmando tratar-se de uma “ameaça mortal” ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma “guerra civil”.

Prigozhin acusara antes o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando “um número muito grande de vítimas”, acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.

ZAP // Lusa

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