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113 ou 2900 mortos no Vulcão de Fogo? Grupo de resgate contraria autoridades

(dr) Guatevisión

Erupção do Vulcão de Fogo deixou meia Guatemala em cinzas

Um grupo de voluntários que resgata vítimas da erupção do vulcão do Fogo, na Guatemala, afirma que há pelo menos 2.900 mortos, um número muito acima dos 113 admitidos oficialmente pelas autoridades.

O grupo, denominado Antigua ao Resgate, cita relatos de sobreviventes e familiares das vítimas de San Miguel los Lotes, uma das localidades destruídas, para dizer que ali se situavam 360 casas e em cada uma delas viviam entre dez e 14 pessoas, contando com crianças que não foram registadas.

A voluntária Sofia Letona estima que cerca de 470 crianças estão entre os mortos.

Afirmam que as autoridades não permitem que cheguem ao local máquinas para levantar toneladas de cinzas e areia que soterraram as casas, que os voluntários abordam com pás e peneiras, conseguindo recuperar corpos de vítimas que depois não entram na contagem do número de mortos.

O porta-voz da agência guatemalteca para os desastres naturais, David De León, afirmou que a instituição respeita qualquer opinião, mas considerou que é preciso avaliar as fontes que serviram aos voluntários para fazerem os seus cálculos. Convidou-os a juntarem-se à agência para compararem as informações de que dispõem.

Oficialmente, há 332 pessoas desaparecidas – número revisto hoje em alta pelas autoridades – desde a erupção vulcânica de 3 de junho, que afetou mais de 1,7 milhões de pessoas, entre mortos, feridos e deslocados.

Um primeiro balanço da Proteção Civil um dia após a erupção do Vulcão Fogo apontava pelo menos 25 mortos e 20 feridos. Nos dias seguintes, o número de mortos aumentou subindo para 113. A erupção sentida em junho foi a mais forte dos últimos anos e provocou espessas colunas de cinzas.

O vulcão, de 3.763 metros de altura, situa-se nas regiões de Escuintla, Chimaltenango e Sacatepéquez, a 50 quilómetros a oeste da capital de Guatemala, zonas que são, por isso, as mais afetadas.

ZAP // Lusa

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