Queria divulgar documentos confidenciais do regime iraniano, mas foi morto antes de cumprir a sua ambição. Mesut Molavi integrava o Black Box, um “meio para expor a corrupção, os crimes e os bastidores do regime da República Islâmica do Irão”.
Mesut Molavi nasceu em Isfahan, a quase 400 quilómetros a sul de Teerão. Estudou nos Estados Unidos, na Universidade do Arizona, onde se doutorou em inteligência artificial. Depois rumou à Turquia, onde foi convidado várias vezes a participar em programas de rádio e de televisão em que era apresentado como o pai da inteligência artificial.
As autoridades não o confirmam, mas a imprensa turca escreve que Molavi pertencera aos serviços secretos do Irão – e terá sido essa proximidade com o regime que o traiu. Molavi teve acesso a informação confidencial e, em março do ano passado, foi associado pela primeira vez ao Black Box, um canal no Telegram que se define como um “meio para expor a corrupção, os crimes e os bastidores do regime da República Islâmica do Irão”.
Molavi partilhou documentos escritos, informações avulso e áudios. Segundo o Expresso, durante 20 meses, divulgou tudo o que deveria ser secreto. Até à noite sangrenta do dia 14 de novembro.
O iraniano de 35 anos caminhava com um amigo, de telemóvel na mão, quando, sem se aperceber, dois outros homens surgiram a disparar sobre si mesmo. Onze tiros fizeram o corpo do ativista cair no chão de uma rua do bairro de Sisli, em Istambul, Turquia. Mesut Molavi acabou por morrer pouco tempo depois.
Num dos últimos tweets daquele que era um dos administradores do Black Box, “a voz ruidosa dos iranianos”, lia-se: “Vou erradicar os comandantes da máfia corrupta e rezar para que não me matem antes de terminar o meu trabalho“. Molavi temia o que acabou mesmo por acontecer.
O teor dos documentos que Molavi queria divulgar nos próximos dias não é conhecido. De acordo com a imprensa, sabia-se apenas que poderiam comprometer as autoridades do Irão.
Há suspeitas de que Molavi tenha sido executado por ordem do regime iraniano, dado o historial de dissidentes do regime assinados também em Istambul.
É o que acontece a quem perde tempo a rezar a seres imaginários em vez jogar pelo seguro!…
Infelizmente todos os regimes totalitários tais como os comunistas do tipo Coreia do Norte, Cuba, Venezuela e essa bizarra teocracia iraniana, são todos farinha do mesmo saco. Comandados com mão de ferro e sangue por um pequeno grupo de tiranos psicopatas e/ou genocidas garantidos por militares cheios de privilégios…