Jornada Mundial da Juventude, o maior evento católico do mundo, vai trazer a Lisboa milhares de peregrinos e o Papa Francisco em 2023, mas a organização do evento está num impasse, com dúvidas sobre quem vai pagar a conta das obras e de toda a infraestrutura que é preciso criar.
A Câmara Municipal de Lisboa (CML) hesita em assumir as responsabilidades a que já se tinha comprometido em Abril passado, no âmbito de um memorando que atribui as tarefas e divide os trabalhos de preparação, bem como a conta e os locais onde a Jornada Mundial da Juventude 2023 (JMJ2023) vai decorrer.
A autarquia presidida por Carlos Moedas ainda não assinou esse memorando, como avança o Expresso, notando que há, a cerca de um ano do maior evento católico do mundo, um impasse quanto a como tudo vai acontecer.
Aquele memorando foi “redigido e enviado pelo gabinete de Laurinda Alves, que no final da semana passada foi afastada da liderança da organização do evento”, nota o Expresso.
Agora, Carlos Moedas não quer assumir sozinho os custos do evento. “Era muito fácil dizer em 2019 que estávamos todos de acordo”, aponta o autarca citado pelo Expresso.
“Agora chegamos à parte operacional, de quem põe as casas de banho, quem limpa o terreno, quem faz o quê. Estamos na fase de resolver esses problemas. Mas o Governo tem de ser parte da solução. A CML não é promotora do evento”, realça ainda Moedas.
O que é certo é que “se não houver entendimento nas próximas semanas, parte dos eventos da JMJ podem mesmo sair da capital“, nota o Expresso, frisando que “os prazos começam a ficar apertados” quando o evento vai decorrer de 1 a 6 de Agosto.
E “já começam a ser pensadas alternativas, de Vila Franca de Xira a Cascais”, refere ainda o semanário.
Ex-vereador Sá Fernandes elogia o Governo
O ex-vereador da autarquia de Lisboa José Sá Fernandes, o coordenador da equipa que prepara a JMJ2023, assume “alguma apreensão”, apontando que “falta a CML dizer que faz tudo aquilo com que se comprometeu”, conforme declarações ao Expresso. “Ou, se não assume, tem de o dizer, para arranjarmos uma solução”, acrescenta.
“Uma coisa garanto: tudo vai acontecer”, pois “há sempre soluções para tudo”, sustenta Sá Fernandes.
Pelo meio, o ex-vereador elogia o Governo, realçando que “já assumiu uma série de tarefas, algumas que até eram das Câmaras“, incluindo “hospitais de campanha, tendas para a saúde, protecção civil” e os planos de segurança.
Entretanto, já decorrem obras no antigo aterro junto ao rio Trancão, entre Lisboa e Loures, para aqui acolher a Vigília e a Missa Final que encerra a jornada. A preparação dos terrenos “custa cerca de €7 milhões, a que se juntam mais €2 milhões para a montagem do palco de onde o Papa Francisco celebrará a missa”, aponta o Expresso.
Entretanto, será ainda preciso construir duas pontes, “uma pedonal e uma militar”, que vão ligar Lisboa e Loures e por onde vai passar o Papa, refere o mesmo jornal.
Quem paga não à duvidas! é o zé povinho. Agora se o dinheiro sai dos bolsos da camara de lisboa ou de outro sitio qualquer…
mas as obras já comecaram!!! não devia o assunto já estar resolvido? sempre para o ultimo momento… enfil
Liberdade de culto… ( e igualdade) se outra religião pretender fazer a mesma coisa, o estado também vai ajudar?
É um fartar vilanagem
E a Igreja, não ajuda? Afinal é um evento religioso, certo? Ou será que vão dizer que não têm dinheiro?!
E a Igreja católica, Fátima, não ajuda com nenhum? Afinal é um evento religioso, certo? Não me digam que as obras gastou tudo.
É muito fácil; quem deveria pagar é quem lucra com o evento, mais fácil não há!
Pergunta de fácil resposta! Paga o católico e paga o não católico. Já agora, gostaria de saber quem paga as aulas de Religião e Moral Católicas nas escolas do estado que gosta de se dizer laico.
Aulas de Religião e Moral Católicas , em Escolas Publicas ??????….Em que Pais Vive ???
Suponho que está a ser irónico.
Amigo, escolas públicas tem sim a disciplina de ERMC, que se trata de religião moral e católica.
Mas é facultativa, quem não quiser ter, não tem, basta no ato de inscrição do aluno nao autorizar a mesma mas coisa que pouca gente sabe que é possível fazer.
Ela existe sim, estão a impingir essa disciplina aos nossos estudantes a ver se conquistam mais alguns milhares de católicos (tal como na catequese) que nos dias de hoje é uma ridicularidade.
Mas isto só existe pois nada foi reformulado no pós 25 de Abril…impingir religião católica quando não existe mais nenhuma aparentemente e não existe liberdade de escolha porque os papas sempre foram educados assim logo obrigam as crianças a seguir a mesma merda.