A investigação acusa vários administradores do Benfica de desviarem seis milhões de euros através de contratos de fachada.
O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e a Polícia Judiciária (PJ) acusam Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica, e Rui Costa, o seu sucessor, de desviar cerca de seis milhões de euros através de contratos falsos de intermediação de jogadores. Entre os outros acusados na investigação estão ainda os Domingos Soares Oliveira, ex-administrador da Benfica SAD, e Paulo Gonçalves, ex-diretor jurídico.
Os crimes incluem fraude fiscal qualificada e recebimento indevido de vantagem, relacionado com a injeção de 1,3 milhões de euros no Vitória de Setúbal através de contratos duplicados. A investigação está quase concluída, com acusações previstas para antes das férias judiciais, após a audição de Luís Filipe Vieira e Domingos Soares Oliveira, segundo avança o Observador.
As defesas dos acusados negam as alegações. O advogado de Luís Filipe Vieira, Manuel Magalhães e Silva, garante que o ex-presidente das águias “não praticou os crimes que refere como constantes da indiciação do Ministério Público — o que o inquérito pendente permitirá comprovar, quer relativamente a si, quer aos demais arguidos”.
A defesa de Paulo Gonçalves afirmou também que o arguido apenas executava deliberações dos órgãos da Benfica SAD, não tomando decisões sobre contratações. Rui Costa e o Benfica não responderam às perguntas dos jornalistas.
Esquema para fugir ao Fisco
A investigação revela um suposto plano de desvio de fundos da Benfica SAD, envolvendo faturação falsa para intermediação de jogadores, resultando numa burla ao Fisco. Casos específicos incluem a contratação de Daniel dos Anjos e Marcelo Hermes, onde intermediários teriam recebido grandes somas por serviços não prestados. Outro caso envolve a transferência de Luís Felipe Dias Nascimento, com uma sobreavaliação do seu passe.
O processo também investigou suspeitas de corrupção desportiva, mas não encontrou provas suficientes. As alegações envolvem a dependência económica de clubes menores, como o Santa Clara e o Desportivo das Aves, face ao Benfica, que emprestaria jogadores a custo zero para obter vantagens desportivas.
Os investigadores não reuniram provas suficientes sobre as suspeitas em torno do Santa Clara e do Desportivo das Aves, sendo o caso do Vitória de Setúbal o único que parece mais forte, com alegações de pagamentos por direitos de preferência e transferências fictícias.
O esquema que terá beneficiado o Vitória de Setúbal envolve operações aparentemente inexplicáveis, como a compra em janeiro de 2017 por parte do Benfica do direito de preferência de qualquer um dos jogadores do clube sadino por cerca de 369 mil euros. Apenas três meses depois e ainda com o contrato anterior em vigor, os encarnados assinaram um novo acordo semelhante e pagaram mais 492 mil euros.
A acusação suspeita que estes contratos terão sido assinados apenas com o intuito de resolver os problemas financeiros do Setúbal, que foi relegado para o 4.º escalão por não cumprir as regras financeiras das competições profissionais da Liga.
O inquérito agregou ainda outros casos, como o Mala Ciao, emails e vouchers, mas não encontrou provas para todas as acusações iniciais, reduzindo o foco para a fraude fiscal qualificada e recebimento indevido de vantagem.
O futebol é uma festa.
Desta para os parolos dos adeptos, e para quem tudo faz para os ver felizes e… distraídos.
Um saco bem recheado, psicadélico, com as cores que convêm às “explicações” que eventualmente possam ter que acontecer.
Nada que tb não se passe no FCP e no SCP do tempo do bruninho…
Só falta que os dois”Costa”, um do FCP outro do Benfica, “paguem a conta”, como aconteceu com o “bruninho” do SCP.
Com os costados na cadeia, seria pouco.