O Tribunal da Relação considera que os comentários de André Ventura tinham uma “vertente discriminatória em função da cor da pele e da situação socioeconómica” da família.
Segundo avança o Público, o Tribunal da Relação não aceitou o recurso de André Ventura e confirmou a sentença ditada pela primeira instância a 24 de Maio.
A primeira decisão já tinha condenado Ventura e o Chega a pedir desculpas públicas à família nos mesmos meios de comunicação social onde as ofensas iniciais foram feitas – na SIC, na SIC Notícias, na TVI e na conta do Twitter do partido.
A actuação do deputado do Chega ultrapassou os limites da liberdade de expressão e que os comentários tinham uma “vertente discriminatória” em relação à cor da pele e à situação socioeconómica da família, escreveu o Tribunal.
O caso remonta a um debate televisivo durante a campanha para as eleições presidenciais entre André Ventura e Marcelo Rebelo de Sousa, em Janeiro. No debate, Ventura mostrou uma foto do Presidente da República com a família que processou o deputado, tirada durante uma visita de Marcelo ao bairro da Jamaica há dois anos.
O líder do Chega afirmou que Marcelo tinha preferido tirar fotos com “bandidos” a ir visitar agentes da polícia que tinham sido agredidos durante desacatos com os habitantes da Jamaica e disse que a família de vir para Portugal para “viver do Estado social”.
O que me parece mais discriminatório ainda é existirem bairros destes em 2021! Espera aí! Aquela câmara é comunista! “Mi’splica”, vai!
Está mal!
Neste caso estou do lado do Ventura.
Que se saiba só chamou bandidos ao bandido, uma questão de número em bom português. Pelos vistos o tribunal da relação é que associa cor da pele e situação económica ao conceito de bandidos…