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Venezuela prende 155 polícias e expulsa 450

O ministro do Interior e Justiça da Venezuela anunciou hoje que 19 organismos de segurança foram alvo de uma intervenção administrativa por parte das autoridades, que já detiveram 155 polícias e expulsaram outros 450.

“Até este momento abriram-se 800 processos, 450 funcionários foram dispensados das suas funções e outros 155 oficiais estão na cadeia por comportamento irregular no desempenho das suas funções”, explica um comunicado do Ministério do Interior e Justiça, tutelado por Gustavo González López.

O documento, divulgado em Caracas, explica que a avaliação está a ser feita pela Comissão para a Reforma Presidencial, criada por proposta do Presidente Nicolás Maduro.

Por outro lado, o documento precisa que aquele ministério, em conjunto com os organismos de segurança, está a elaborar projectos para serem desenvolvidos nos próximos seis meses, que abrangem mudanças na organização e funcionamento de instituições como o Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas (antiga Polícia Técnica Judiciária) e da Polícia Nacional Bolivariana.

Está também em elaboração uma lei sobre “o mais procurado”, para divulgar graficamente “os rostos das pessoas que são procuradas pela justiça ou têm ‘antecedentes penais’, ou registo criminal, e para reestruturar a Universidade Nacional Experimental da Segurança.

Os projectos, segundo o comunicado, passam pela incorporação “das comunidades organizadas no controlo externo dos corpos de polícia e organismos de segurança cidadã”, que estão “a nível de Estados” mas cujo objectivo é que estejam também a nível de freguesias.

A Comissão Presidencial para a Reforma Policial foi criada a 14 de Novembro de 2014, por um decreto presidencial publicado na Gazeta Oficial, e é presidida pelo ex-funcionário policial e deputado do Partido Socialista Unido da Venezuela, Freddy Bernal.

Na Venezuela são frequentes as queixas de cidadãos sobre irregularidades no funcionamento dos organismos policiais, bem como as denúncias de funcionários envolvidos em delitos.

/Lusa

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