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Vendas de acções PT a descoberto proibidas. Morgan Stanley causou queda.

O.I.N. / Wikimedia

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A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) anunciou esta segunda-feira que decidiu proibir as vendas a descoberto das ações representativas do capital social da Portugal Telecom (PT) durante terça-feira.

As ações da PT SGPS, que tem a dívida da Rioforte, encerraram na bolsa de Lisboa a perder 10,05% para 1,092 euros, depois de a meio da sessão ter derrapado quase 30%, tocando o valor mínimo desde que a empresa entrou em bolsa.

Em comunicado, a CMVM anunciou que, tendo em consideração que a flutuação do preço das ações da PT “não pode excluir a ocorrência de um fenómeno de especulação com impacto negativo” e que o limiar para o supervisor poder de restringir temporariamente a venda a descoberto de instrumentos financeiros em caso de diminuição significativa do preço corresponde a uma diminuição de 10% ou mais do preço dos títulos, decidiu proibir vendas a descoberto na terça-feira.

“A proibição das vendas a descoberto das acções representativas do capital social da Portugal Telecom, SGPS no Euronext Lisbon” tem efeitos a partir das 00:00 de 21 de outubro até às 23:59 do mesmo dia, adianta a CMVM.

Esta proibição de vendas a descoberto “não é aplicável à atividade de criação de mercado“, acrescenta o supervisor, adiantando que a decisão foi notificada à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA).

Queda causada pela Morgan Stanley

Segundo a edição online do jornal Expresso, a queda das acções da PT está relacionada com um relatório da Morgan Stanley,  divulgado esta segunda-feira, que apontava para um preço-alvo por ação de 0,79 euros, adiantando que as ações podem ainda desvalorizar mais.

Segundo o banco de investimento, num cenário extremo, as acções da PT podem desvalorizar para até um terço da cotação actual.

A Morgan Stanley é acionista da PT, com 2,38% das ações da tecnológica portuguesa, mas é também assessora financeira da Altice, que está na corrida para a compra da PT desde que a possível compra da Oi pela italiana TIM colocou a PT “no mercado”.

ZAP / Lusa

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