O primeiro velcro biodegradável foi inspirado no amor-do-hortelão

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Uma equipa de investigadores italianos criou o primeiro protótipo de um velcro biodegradável e solúvel, inspirado na estrutura das folhas do amor-do-hortelão (Galium aparine).

A planta amor-do-hortelão desenvolveu um mecanismo de ancoragem parasita que lhe permite trepar sobre outras plantas através de micro-ganchos nas suas folhas.

Segundo o Europa Press, os ganchos permitem-lhe ancorar-se às superfícies de outras plantas à medida que cresce, explorando-as para apoio físico.

Os investigadores inspiraram-se nestas estruturas naturais e tentaram reproduzir artificialmente as suas características.

Os ganchos foram feitos com uma impressora 3D de alta resolução, utilizando materiais altamente resistentes com características que podem ser adaptadas à aplicação, nomeadamente materiais fotossensíveis ou biodegradáveis feitos de isomalte, uma substância semelhante ao açúcar.

Em laboratório, a nova estrutura provou ser capaz de se fixar solidamente a uma variedade de espécies de plantas.

Com base neste velcro, os cientistas podem criar dispositivos para utilização na agricultura de precisão e na proteção ambiental.

“Esta forma de ancoragem pode ser explorada para a monitorização in situ do microclima da planta, como a temperatura, humidade e luz, ou para a libertação controlada de moléculas no sistema vascular”, explicou a investigadora Isabella Fiorello.

Depois de aderirem à planta, os micro-ganchos de isomalte podem ligar-se ao sistema vascular da folha e, como o material é solúvel, dissolver-se no seu interior.

Esta aplicação permite, por exemplo, que os micro-ganchos sejam utilizados como um gesso capaz de libertar localmente substâncias benéficas, produtos farmacêuticos, pesticidas ou bactericidas nas folhas, otimizando a utilização dos recursos naturais e reduzindo o uso excessivo de pesticidas.

Além de contribuir para a proteção dos ecossistemas, o gesso dissolve-se depois de aplicado, evitando assim a geração de resíduos.

O artigo científico foi publicado recentemente na Communications Materials.

ZAP //

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