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Vegetariana condenada em França por comemorar morte de talhante em atentado

Guillaume Horcajuelo / EPA

Funeral das vítimas do atentado terrorista de Trèbes

A Justiça francesa condenou esta quinta-feira uma mulher vegetariana a sete meses de prisão, por apologia ao terrorismo, depois de a acusada ter comemorado nas redes sociais a morte de um talhante no atentado jihadista de 23 de março num supermercado em Trèbes, no sul do país.

“Vocês chocam-se com o facto de um assassino morrer às mãos de um terrorista? Eu não. Tenho compaixão zero pelo talhante. Às vezes, há justiça”, publicou a mulher no Facebook, três dias depois dos ataques que causaram 4 mortes em Carcassonne e Trèbes.

Esta condenação soma-se à de Stéphane Poussier, antigo candidato do partido de esquerda França Insubmissa, que comemorou o assassinato nesse mesmo ataque do agente Arnaud Beltrame, considerado um herói nacional por ter se oferecido para ser trocado por uma refém do jihadista.

Radouane Lakdim, um franco-marroquino de 25 anos de idade, foi abatido pela polícia durante a dramática tomada de reféns no supermercado em Trèbes.

Celebrado como herói, Arnaud Beltrame trocou de lugar com a vítima durante o cerco ao supermercado, e acabou por ser baleado na troca de tiros que se seguiu à invasão do local pela polícia, que abateu o terrorista.

No dia 23 de março, Lakdim, que reivindicou ser membro da organização terrorista Estado Islâmico, fez várias pessoas reféns num supermercado de Trèbes, perto de Carcassonne, no sul da França.

De acordo com os relatos, ao entrar no supermercado o homem terá gritado “Deus é grande” e “vou matar todos”, e exigido a libertação de Salah Abdeslam, principal suspeito dos ataques de 13 de novembro de 2015, nos quais morreram 130 pessoas.

Quatro pessoas morreram no sequestro do supermercado, e o sequestrador foi abatido pela polícia. O atentado foi o ataque jihadista mais grave em França em quase dois anos.

ZAP // EFE

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