Salah Abdelsam, o principal suspeito dos ataques de 13 de novembro de 2015, nos quais morreram 130 pessoas, começa a ser julgado esta segunda-feira, em Bruxelas.
O único sobrevivente do grupo de terroristas que executou os atentado em Paris, em novembro de 2015, começa a ser julgado esta segunda-feira, em Bruxelas.
De acordo com o Observador, Salah Abdeslam e um cúmplice, Sofiane Ayari, enfrentam uma pena possível de 40 anos de prisão. E causa estão os crimes de pose ilegal de armas e homicídio na forma tentada de agentes da polícia, em contexto de terrorismo, ocorridos durante a perseguição aos suspeitos em Bruxelas.
Na sequência dos ataques em Paris, Abdeslam terá fugido para a capital belga. Quando foi encontrado pelas autoridades, ocorreu uma troca de tiros na sequência da qual Abdeslam fugiu. Foi encontrado e detido três dias mais tarde.
Desde a sua detenção, o principal suspeito tem recusado prestar declarações. Até agora, o suspeito francês de origem marroquina só se pronunciou através de duas cartas.
Na primeira, enviada a um “admirador”, Abdeslam diz não ter vergonha de si próprio e define-se como um muçulmano que quer apenas “a reforma”. Na segunda, escrita para um primo, volta a reforçar o seu fervor religioso.
“Eu não quero responder às perguntas“, disse Salah Abdeslam à juíza belga Marie-France Keutgen que começou por pedir para se identificar.
Segundo a BBC, o julgamento em França não deverá ocorrer antes de 2020. Abdeslam está detido em Paris e será transportado diariamente para uma prisão francesa perto da fronteira com a Bélgica, para o tribunal em Bruxelas.