Marca, qualidade e materiais. As variáveis que explicam os preços astronómicos dos Rolex

Os relógios Rolex podem estar subvalorizados. Apesar de esta “peça de engenharia” ser muito cara, a verdade é que o consumidor paga pelo nome, pelos materiais usados e pelo tempo gasto por um mestre artesão em cada relógio.

Porque é que um Rolex custa tanto dinheiro? O Interesting Engineering analisou o modelo Rolex Submariner e concluiu que não há dúvidas acerca da complexidade envolvida na confeção deste relógio, que conta com tantos detalhes requintados.

O canal de YouTube Watchfinder & Co. publicou um vídeo no qual é possível ver um relojoeiro profissional a desmontar o relógio. Com centenas de peças individuais e encaixadas meticulosamente, esta “peça de engenharia” é uma pequena “obra de arte” e pode ser comparada a um relógio vintage.

Apesar de um Rolex ser bastante caro, a verdade é que será difícil encontrar outro produto com o mesmo nível de qualidade. A marca desenvolveu, com o tempo, uma reputação de qualidade bem justificada, ao fabricar principalmente relógios mecânicos extremamente demorados em termos de produção.

Normalmente, os relógios mecânicos são mais caros devido à natureza do produto. A par disso, os Rolex têm custos de desenvolvimento interno muito altos, tanto em termos de design, quanto de fabricação. Não só custa muito desenvolver o desenho e montá-lo, como os materiais usados na construção não são baratos.

A Rolex tende a usar o aço 904L, que, segundo o Interesting Engineering, está “muito à frente” da maioria dos equivalentes de mercado de luxo, que tendem a usar o aço 316L, mais barato. Este aço torna os relógios mais duros, brilhantes e também mais caros por padrão.

A marca tem os seus próprios departamentos de laboratório de pesquisa e desenvolvimento, onde cria métodos de fabricação mais eficientes e novas técnicas para se manter na vanguarda. Além disso, os especialistas têm ao seu dispor equipamentos altamente sofisticados e sensíveis, como microscópios eletrónicos e espectrómetros de gás.

A grande maioria das peças é muito pequena, o que aumenta a possibilidade de existirem falhas durante a fabricação e a montagem. Muitas peças são também polidas e finalizadas à mão, além de serem feitas na Suíça.

Estes relógios têm também um valor muito alto no mercado de revenda. E para garantir a qualidade incomparável, cada parte do processo de produção tem um controlo de qualidade.

O preço dos Rolex foi aumentando com o passar dos anos, até se tornarem um dos relógios mais caros do mundo. Na década de 1950, por exemplo, um Rolex Submariner custaria cerca de 1.460 dólares. Hoje, um relógio Rolex básico custa à volta de 5.000 dólares.