Os cartões multibanco podem ter os dias contados, já que a partir do primeiro trimestre de 2017 será possível levantar dinheiro nas caixas automáticas sem cartão, uma “revolução” para ir ao encontro da “nova geração da economia digital”.
Em declarações à agência Lusa, a diretora de marca da SIBS, Maria Antónia Saldanha, explicou que para usufruir desta funcionalidade será necessário descarregar a aplicação MB WAY, associar um cartão multibanco, selecionar a tecla de levantamento e colocar o pin de segurança. É depois gerado um código de 12 dígitos que será utilizado para o levantamento de dinheiro numa das 12.500 caixas multibanco existentes no país.
“A partir do primeiro trimestre de 2017 vamos ter o serviço disponível em qualquer multibanco”, disse a responsável da entidade que gere a rede multibanco, considerando a nova funcionalidade “muito simples”.
A ideia dos levantamentos sem cartão já estava pensada há muito tempo na SIBS, mas acabou por ser implementada primeiro na Polónia, em 2015, porque o mercado ditava essa necessidade.
“Em Portugal ainda não se tinha sentido uma real necessidade do serviço porque os portugueses estão acostumados a ter um multibanco em cada esquina e andam sempre com o cartão. Agora que os portugueses puseram multibanco no telemóvel é óbvio que querem continuar a fazer levantamentos, mas já sem cartão“, explicou.
Depois do MB Net, que permite fazer compras online, a SIBS considera que esta é “mais uma revolução” que vai ao encontro daquilo que é “a nova geração da economia digital”, até porque os portugueses “adoram e adotam muito rapidamente” as novas tecnologias.
“Como estamos continuamente a introduzir novos serviços no multibanco, os portugueses já estão acostumados a fazer coisas que não fazem em mais lado nenhum do mundo, como por exemplo tirar licenças de caça ou de pesca no multibanco”, exemplificou.
Durante a Web Summit, a decorrer em Lisboa até quinta-feira, a SIBS lançou a rede ATM Express, o “irmão” do multibanco, de cor laranja e destinado aos cidadãos estrangeiros.
“Um estrangeiro que se dirija a um multibanco tem uma série de operações que não precisa. Simplificámos o serviço que ele quer mais, que é levantar dinheiro. Nem lhe pergunto se quer fazer um levantamento. Só lhe pergunto quanto quer levantar”, explicou, estimando que até ao final do ano sejam instaladas 25 destas máquinas.
A Web Summit é uma conferência global de tecnologia, inovação e empreendedorismo que decorrerá até quinta-feira, onde são aguardados mais de 50 mil participantes, de mais de 165 países, incluindo mais de 20 mil empresas, sete mil presidentes executivos e 700 investidores.
Entre os oradores estarão os fundadores e presidentes executivos das maiores empresas de tecnologia, bem como importantes personalidades das áreas de desporto, moda e música.
/Lusa
Melhor seria poder levantar, e não ser preciso ter que ter.
Não me parece ser grande revolução, bem pelo contrário:
– Se só funciona se for associado a um cartão multibanco então continuarei a precisar de um cartão multibanco… Ora bolas!
– Continuar a precisar de um cartão multibanco significa que também ainda não é desta que me livro de pagar a respectiva anuidadezinha ao banco… Já era tempo!
– Será preciso também instalar uma aplicação o que supõe a necessidade de um espertofone… Será este aparelho mais esperto do que eu?!
– Lá será o velhinho e fiel burrofone atirado para os fundos duma gaveta e relegado ao esquecimento. Cruel destino, velho amigo!
– E, que nem a cereja no topo do bolo, ainda terei de decorar um código de 12 dígitos… DOZE DÍGITOS, minha nossa!
– Que farei eu se já nem números de telefone (com 9 dígitos) decoro?
– Lá terei de escrever o dito código num papelzinho e colocá-lo na carteira…
– Tantos carteiristas que há por aí sempre tão atentos ao conteúdo das carteiras! E se me a roubam?
– Hmmm…
Diz-me o bom senso que, antes que num passe de dedos aqui o Simplório fique sem carteira, sem código e sem o rico dinheirinho no banco, o melhor mesmo é largar o espertofone, resgatar o velhinho e fiel burrofone da sombria gaveta e continuar a introduzir o cartãozinho na ranhurazinha para logo de seguida martelar nas teclas o respectivo códigozinho de 4 dígitos que este ainda é fácil de decorar! E se o carteirista entrar em acção o prejuízo sempre é menor já que leva o cartão mas não o códigozinho.
Fica em falta referir a dúbia segurança dos sistemas pois quem garante a segurança do mesmo.
Se um pirata informático aceder ao smartphone como se garante que esta informação não pode ser copiada, replicada e usada até esgotar o magro saldo da conta ou atingir o limite diário. E depois em caso de roubo de informação como salvaguardamos ou seguramos os bens roubados ???
Vale a pena pensar nisto…
Mais uma atração para ladrões e piratas que andam sempre um passo à frente dos inventores!
Antes de lançar este tipo de métodos deveriam analisar à população e situações caricatas que podem acontecer. 1- uma população cada vez mais envelhecida com dificuldade em usar um smarphone.
2- Pessoas que não querem estar dependentes todo o dia do telemóvel
3- O telemóvel pode ficar sem bateria (Ora bolas!), cair ao chão e lá tenho que ir a correr a comprar um outro com….? Desculpe, não tenho dinheiro pois estou sem telemóvel.
Concordando com outros comentários: Piratearia, memorizar 12 dígitos!,…
Muita tecnologia mas as pessoas é que contam. Que maravilha ser atendido por alguém! Estou farta de ter que fazer todo: meu trabalho, encher o depósito de combustível, passar a compra pela máquina e meter na saca, rever as faturas no Ecoselá, andar todo o dia com os fios nas costas, para o computador, para o telemóvel, para ….
Lá vamos nós,(tal como rebanho de ovelhas amestradas,”cantando e rindo” no caminho de transformação para autómatos pensantes-?-)