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22% da população do Reino Unido já recebeu 1º dose. Boris anuncia mudança nas restrições dia 22

O Reino Unido já vacinou 15 milhões de pessoas, atingindo o objetivo traçado pelo Governo de dar pelo menos uma dose de vacina anti-covid-19 às pessoas mais vulneráveis, anunciou hoje o responsável do programa de vacinação britânico.

“15,000,000! Equipa espantosa. Não descansaremos até que ofereçamos a vacina a toda a fase 1 às categorias 1-9 dos mais vulneráveis e a todos os com mais de 50 anos até ao final de abril e depois a todos os adultos“, escreveu na rede social Twitter o secretário de Estado da Saúde responsável pela pasta das Vacinas, Nadhim Zahawi.

Quase um quarto da população (22%) do Reino Unido já recebeu pelo menos uma ou as duas doses da vacina, número que “inclui a maioria das pessoas dos quatro grupos prioritários [indicados] pelo Governo, incluindo todos os maiores de 75 anos, trabalhadores da linha da frente da saúde e pessoal dos lares de idosos”.

O número de vacinados está a fazer aumentar a pressão sobre o Governo de Boris Johnson para que esclareça quando vão ser aliviadas as medidas do confinamento em vigor desde o início de janeiro, o terceiro que Inglaterra enfrenta.

Num dos países europeus com mais infetados pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, já começou a discussão entre aqueles que querem que as medidas sejam levantadas o mais rapidamente possível e aqueles que receiam que desconfinar demasiado depressa leve a um novo aumento de casos positivos.

O primeiro-ministro britânico planeia revelar o seu “plano de flexibilização das restrições” a 22 de fevereiro, tendo em conta que as taxas de infeção, hospitalizações e mortes caíram “drasticamente” desde o início do terceiro confinamento nacional da Inglaterra.

Por outro lado, numa carta ao Governo, 63 conservadores exigem que as restrições do confinamento sejam gradualmente levantadas até 8 de março.

Na carta, os deputados argumentam que, a partir de 8 de março, o Governo deve “demonstrar” ao parlamento que as medidas que restam são proporcionais e essenciais, especificando num plano como afetam a sociedade e a economia e quando serão canceladas, com o objetivo de as retirar completamente em maio.

“A covid-19 é uma doença grave e devemos controlá-la. Mas, tal como a covid, os bloqueios e as restrições causam imensos danos sociais e de saúde e têm um grande impacto na vida das pessoas”, sustentam.

Os 63 deputados, de um total de 365 que o Partido Conservador tem na Câmara dos Comuns, pertencem ao chamado Covid Recovery Group, formado em novembro, que se opõe ao que consideram ser restrições excessivas que podem ameaçar as liberdades individuais.

Numa altura em que a vacinação avança de forma bastante célere no país, Tony Blair, ex primeiro-ministro do Reino Unido, defende a criação de um certificado de saúde digital ou de um passaporte que seja reconhecido universalmente e que combine vacinação com a realização de testes de diagnóstico.

Desta forma, o político acredita que seria possível aos países defenderem-se melhor contra o coronavírus e, simultaneamente, permitiria que as pessoas recomeçassem a viajar, na sequência da reabertura das fronteiras.

Blair pediu mesmo a Boris Johnson pediu que aproveite o facto de o Reino Unido sediar a reunião do G7 para acelerar o processo de cooperação global em torno de um “passaporte” padronizado.

Itália mantém encerradas pistas de esqui até 5 de março

O governo cessante italiano tinha deixado em aberto a possibilidade de as estâncias abrirem já nesta segunda-feira, o que levantou polémica devido ao desastre de fevereiro e março do ano passado. Contudo, afinal Itália decidiu manter fechadas as pistas de esqui devido à disseminação de variantes do novo coronavírus, incluindo a britânica, anunciou o Ministério da Saúde transalpino.

O ministro italiano da Saúde, Roberto Speranza, assinou a prorrogação do fecho dessas pistas de esqui até 05 de março, segundo nota do ministério.

A decisão ocorre no momento em que a variante britânica é responsável por 17,8% dos novos casos na Itália, segundo dados estatísticos da agência italiana de saúde.

“A preocupação com a progressão desta variante, entre outras variantes do SARS-CoV-2, resultou em medidas semelhantes na França e na Alemanha”, argumentou o Ministério da Saúde no comunicado.

A Lombardia, região do norte da Itália, anunciou na quarta-feira a reabertura a partir do dia 15 de fevereiro das suas pistas de esqui alpino, após semanas de encerramento devido à epidemia de covid-19.

A decisão foi tomada após parecer favorável do painel de especialistas que assessora o governo italiano na luta contra a epidemia. A aprovação estava condicionada às medidas tomadas para limitar o número de pessoas nas pistas, incluindo um limite definido para o número de passes de esqui à venda.

No caso da Lombardia, o número diário de esquiadores teria sido limitado a 30% da capacidade horária dos elevadores de esqui e teleféricos.

O esqui alpino deveria ser autorizado na próxima semana em outras regiões, que ainda estavam localizadas na zona “amarela” de menor risco de propagação do novo coronavírus.

Neste domingo, devido a novos dados da Agência Italiana de Saúde, novas restrições foram decididas em Abruzzo, Ligúria, Toscana e na Província Autónoma de Trento, que passaram de “amarelas” a “laranja”.

O Ministério da Saúde pode alterar a classificação das regiões em zonas de cores diferentes com base nos dados fornecidos por um relatório divulgado a cada semana.

ZAP // Lusa

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