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Vacinação dos grupos prioritários vai arrastar-se até abril. Agendamentos serão feitos por SMS

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As primeiras doses da vacina da Pfizer/BioNTech chegam a Portugal entre dia 24 e 26 de dezembro. Até janeiro, o país vai receber 313 mil doses, mas esta encomenda só permite vacinar 139 mil pessoas. A vacinação dos grupos prioritários vai arrastar-se até abril.

A ministra da Saúde anunciou na quinta-feira que as primeiras doses, que chegam a Portugal na próxima semana, serão destinadas aos profissionais de saúde.

A primeira encomenda de 9.750 doses de vacinas será focada apenas nos profissionais de saúde e irá focar-se, provavelmente, nos centros hospitalares Lisboa Central e São João.

Segundo o ECO, o número, que é menos de metade das doses que vão chegar, prende-se com a decisão da task force de garantir que as pessoas vacinadas vão poder receber as duas doses, acautelando a possibilidade de existirem problemas nas próximas encomendas.

“Guardaremos de imediato uma dose para a segunda toma de todas as pessoas que iniciarem a vacinação”, explicou Francisco Ramos, coordenador do grupo responsável pelo plano.

Das 139 mil pessoas que serão vacinadas até janeiro, 118 mil são residentes e profissionais em lares e 21 mil são profissionais de saúde.

O plano prevê que todos os profissionais de saúde prioritários deverão estar vacinados no final de março, todos os residentes em lares no final de fevereiro e pessoas com comorbilidades e outros profissionais de saúde no final de abril.

Em relação à distribuição das vacinas, os arquipélagos dos Açores e da Madeira vão receber duas caixas cada, sendo que cada uma tem cerca de 4.875 doses. Portugal continental recebe 58 caixas.

Na primeira fase da vacinação, serão inoculadas 950 mil pessoas num processo que arranca na última semana do ano e deverá prolongar-se até abril.

Estão previstas chegar da vacina da Pfizer 313 mil doses em janeiro, 429 mil em fevereiro e 487 mil em março, num total de 1.229.475 no primeiro trimestre do ano.

Quando chegar a altura de vacinar as pessoas dos grupos prioritários nos centros de saúde, estes serão contactados por SMS para indicar se desejam ou não ser vacinados. Se responder que “sim” será sugerido um agendamento, com hora, local e dia. Se responder que “não”, não será feito o agendamento. Se não responder, haverá um contacto para determinar o interesse.

O Governo vai distribuir cerca de 20 mil telemóveis para as unidades de Cuidados de Saúde Primários que não têm material para entrar em contacto com os utentes.

De acordo com o semanário Expresso, as pessoas que já estiveram infetadas com a covid-19 vão poder tomar a vacina.

Médicos querem que pessoas com trissomia 21 sejam prioritários

O Expresso adianta que um grupo de médicos que tem acompanhado profissionalmente pessoas com trissomia 21 enviou esta quarta-feira uma petição ao primeiro-ministro, solicitando que, entre este grupo, os indivíduos com mais de 30 anos sejam incluídos na primeira fase da vacinação contra a covid-19.

A petição refere um estudo que aponta para uma taxa de letalidade de 45% entre as pessoas com trissomia 21 hospitalizadas, com idades superiores a 40 anos.

Além disso, os portadores da também chamada Síndrome de Down têm “uma prevalência muito aumentada de défices da imunidade” e estão, muitos deles, “institucionalizados”, o que é “potenciador da transmissão de diversos agentes patogénicos”.

O documento lembra que estas pessoas “têm muito maior incidência (e prevalência) de alterações anatómicas e funcionais significativas, mormente cardíacas, ORL, renais, pulmonares, hepáticas, neurológicas e de outros órgãos e sistemas, geradoras de comorbilidade relevante, factor de reconhecido risco para uma apresentação mais grave da infeção pelo SARS-CoV-2”.

Além disso, exibem “amiúde, comportamentos de risco motivados pelo défice cognitivo, expressos por uma menor capacidade de adoção de medidas de proteção”.

Segundo os médicos, em Portugal, o total de cidadãos com trissomia 21, “com idade superior a 40 anos”, não deve exceder os 2000.

Maria Campos, ZAP //

5 Comments

  1. Como em tudo em Portugal será devagar, devagarinho. Por este andar só no fim de 2021 é que as pessoas estarão vacinas (e porque só serão +/- 50% da população) senão só para final de 2022.
    Que grande eficácia não há duvida… até mete dó. Incompetentes…

  2. Conversa!
    nem vacina para a gripe houve quanto mais agora esta!
    é pena a memoria do pessoal ser curta mas deviam lembrar-se que o PR prometeu que ia haver para todos vacina da gripe, quando isso não aconteceu disse que foi mal informado e que assumia a responsabilidade! O que é isso da responsabilidade?

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