O número de vacinas administradas a crianças nos centros de saúde, na semana passada, caiu abruptamente devido à pandemia do novo coronavírus.
De acordo com a edição desta quinta-feira do Jornal de Notícias, o receio de muitos pais em levar bebés e crianças à rua, e em especial a unidades de saúde, terá contribuído para a quebra significativa registada na semana passada. O número de vacinas administradas caiu de 74 mil para 48 mil – uma quebra média de 8.500 por dia.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) alertou, contudo, que a vacinação até aos 12 meses é prioritária, não devendo ser adiada. “A vacinação no primeiro ano de vida é essencial. Não queremos que, além da Covid-19, surjam surtos de sarampo, tosse convulsa ou meningites”, afirmou Teresa Fernandes, coordenadora do Programa Nacional de Vacinação (PNV), da DGS, ao diário.
Em relação aos números, a responsável referiu que as comparações devem ser feitas por períodos mais longos, nomeadamente semestres, e sublinhou que estas crianças vão ser reagendadas. A decisão de emitir um comunicado a alertar os progenitores surgiu “das muitas dúvidas de profissionais de saúde e de pais” sobre o tema.
Os grupos de risco, crianças vulneráveis a quem são recomendadas vacinas específicas, e as grávidas são outra preocupação, já que não devem deixar de tomar a vacina da tosse convulsa (o mais tardar até às 32 semanas de gestação).