Contrariando as indicações das mais altas instituições, Governo do Michigan continua a defender a ideia: vacina reduz a possibilidade de surtos.
De repente, a COVID-19 passou a tomar conta de muitas conversas e de muitos artigos nos últimos dias, na Europa.
O motivo foi uma resposta dada durante uma audição no Parlamento Europeu, por parte de uma directora da Pfizer.
O deputado holandês Rob Roos perguntou a Janine Small se a vacina anti-coronavírus da Pfizer foi testada, em relação à transmissão do vírus, antes de ser vendida.
A presidente dos mercados internacionais da farmacêutica respondeu: “Não, não testámos”.
“Tivemos que nos mexer à velocidade da ciência para realmente entender o que estava a acontecer no mercado. E desse ponto de vista, tivemos que fazer tudo sob risco”, continuou.
Mas recorde-se que, ainda desde 2020, os responsáveis das farmacêuticas e de muitos países avisaram: o objectivo principal da vacina é evitar consequências graves para a pessoa infectada; não é evitar a transmissão do vírus para outras pessoas.
Nos Estados Unidos da América essa ideia foi reforçada já em 2022, em Janeiro, por Rochelle Walensky.
A directora dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças nacional repetiu: a vacina não evita a transmissão e não garante que a pessoa escapa à doença.
No entanto, dentro dos EUA, há quem anuncie ideias contrárias.
O Departamento de Saúde e de Serviços Humanos do Michigan produziu diversos anúncios – na rádio, na televisão, nas redes sociais – a apelar aos seus habitantes que se vacinassem contra a COVID-19.
E repetia um motivo: evitar a propagação da doença, recorda o portal Michigan Capitol Confidential.
Hoje, quase dois anos depois da venda da primeira vacina, a indicação mantém-se.
No documento oficial, partilhado no site do Estado, lê-se: “Ter uma vacina COVID-19 para crianças vai ajudar a reduzir a probabilidade de surtos nas escolas, nas creches, nos acampamentos. E, assim, a vacina vai proteger ainda mais as nossas comunidades”.
A Comissão de Protecção do Michigan, ligada ao Governo local, anuncia que a vacina é “eficaz a erradicar a propagação do coronavírus“.
No Michigan, 58% das pessoas que morreram devido à COVID-19 estavam vacinadas contra a doença.
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