/

Depois de enfrentar urso e cobra, jovem sobrevive a ataque de tubarão

Dylan McWilliams / Instagram

Depois de enfrentar urso e cobra, homem sobrevive a ataque de tubarão

Um provérbio em inglês diz que a “má sorte sempre vem três vezes” e foi exatamente o que aconteceu com Dylan McWilliams, um jovem de 20 anos do Colorado, EUA.

O desportista sobreviveu na semana passada ao terceiro ataque violento de animais – de um tubarão, quando fazia bodyboard na costa do Havai. “Isso é muito assustador”, disse Dylan McWilliams à BBC na ilha havaiana de Kauai. “Acho que não tenho muita sorte, mas sim sorte em situações de azar.”

McWilliams estava a aproveitar as ondas do Pacífico na manhã de quinta-feira quando sentiu algo bater na sua perna. “Olhei e vi o tubarão debaixo de mim. Comecei a pontapeá-lo – sei que o acertei pelo menos uma vez – e nadei até à praia o mais rápido que pude”, explicou.

Preocupado com o rasto de sangue que estava a deixar, o desportista disse aos meios de comunicação local após o ataque: “Eu não sabia se tinha perdido metade da perna ou se era só um arranhão”.

O tubarão, que se acredita ser da espécie tubarão-tigre e que tinha aproximadamente 2 metros de comprimento, deixou marcas de dentes distintas na sua perna, que precisou de sete pontos.

Entusiasta da vida ao ar livre, McWilliams estava a fazer uma viagem de mochila às costas pelos EUA e pelo Canadá nos últimos anos, e financiava as suas viagens trabalhando aqui e ali.

O seu avô foi a primeira pessoa a ensinar-lhe técnicas de sobrevivência, aos três ou quatro anos de idade, e daí nasceu o seu amor pela vida ao ar livre. Dylan aproveitava essas aprendizagens para ganhar algum dinheiro, ensinando técnicas de sobrevivência por onde passava.

“Tenho ensinado crianças e outras pessoas a sobreviver no deserto e viver da terra como os exploradores faziam”, disse McWilliams, que é fã da série Crocodile Hunter.

Em julho passado, numa viagem de campismo pelas florestas do Colorado, o desportista dormia ao ar livre quando, às 4 da manhã, foi acordado com a cabeça presa nas mandíbulas de um urso.

“O animal agarrou-me pela parte de trás da cabeça, e eu estava a reagir, e tentar acertar-lhe no olho olho até ele me soltar”, descreve. Os seus amigos acordaram com a confusão e conseguiram enxotar o urso, de 136 kg.

As autoridades do parque capturaram-no na manhã seguinte, e depois de testes confirmarem que o sangue do rapaz estava nas suas garras, o animal foi abatido.

McWilliams ficou com uma cicatriz depois de levar nove pontos na parte de trás da cabeça, que provocam dor quando tocados, mas a experiência não foi suficiente para desencorajar o seu amor pelo ar livre. “Sempre amei animais e passei o maior tempo que pude com eles”, disse o mochileiro.

Dylan atribui esses incidentes perigosos ao facto de estar no lugar errado à hora errada. “Eu não culpo o tubarão, não culpo o urso, nem a cascavel”, diz fazendo referência a um ataque de cascavel que sofreu há menos de três anos, durante uma trilha em Utah, nos Estados Unidos.

McWilliams conta que, na ocasião, estava a descer um terreno quando pensou ter calcado um caco. “Mas não o conseguia ver, e deparei-me com uma cascavel toda enrolada“.

Então com 17 anos, McWilliams pediu para não ser levado para o hospital porque achava ter sofrido uma mordida não venenosa. “Mas havia um pouco de veneno, e fiquei doente por alguns dias”, disse. “Temos que respeitar os limites dos animais, mas não acho que eu esteja a invadir o seu espaço ou a provocar os ataques – simplesmente aconteceram”.

O rapaz está agora ansioso para que as suas feridas cicatrizem e possa voltar às ondas.

McWilliams “espera não ter” outro encontro do mesmo tipo, mas reconhece que riscos sempre existirão. “Eu passo a maior parte do tempo fora com animais, por isso acho que tudo pode acontecer.”

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.