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Urina seca e lixo. Profissionais relatam condições desumanas no lar de Reguengos de Monsaraz

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Os idosos do lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS), em Reguengos de Monsaraz, distrito de Évora, estiveram em condições desumanas na instituição, segundo relatos de profissionais de saúde do lar. 

Dezoito pessoas morreram na sequência de um surto de covid-19 neste lar: 16 utentes, uma funcionária e um homem, na comunidade. Dezenas ficaram infetados.

O Relatório de Auditoria da Ordem dos Médicos sobre o lar, a que o Correio da Manhã teve acesso, conta com relatos de profissionais de saúde da instituição que revelam que alguns idosos estavam desnutridos e desidratados.

“Alguns só com uma fralda, em quartos com mau cheiro, lixo no chão e vestígios de urina seca no pavimento”, escreve o matutino na sua edição desta segunda-feira.

De acordo com o mesmo jornal, que cita o documento da Ordem dos Médicos, alguns idosos infetados com covid-19 partilhavam com outros utentes ainda sem resultado dos testes de rastreio. Espaços comuns e casas de banho eram também de uso comum.

Nenhum dos utentes usava máscara, segundo o diário.

O CM dá ainda conta da cronologia dos eventos do lar de Reguengos de Monsaraz : o primeiro caso foi detetado a 17 de junho, tendo a Segurança Social visitado o lar sete dias depois, a 23 de junho. Só a 26 do mesmo mês é que os utentes que testaram positivo ao novo coronavírus foram instalados noutro espaço.

O Plano Municipal de Emergência foi acionado quando já oito pessoas tinham falecido na sequência do surto. Este plano permitiu que, a 3 de julho, os 60 infetados fossem levados para o pavilhão multiusos da região.

A ministra do Trabalho e da Segurança Social tem estado debaixo de fogo depois de ter desvalorizado, em entrevista ao Expresso, os surtos de covid-19 em lares de idosos, revelando ainda que não leu este relatório da Ordem dos Médicos sobre Reguengos.

ZAP //

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3 Comments

  1. O que vale é que o cacique, perdão, o presidente da câmara era o big boss daquilo tudo. É tudo a mamar à conta do erário público.

  2. Foi preciso o COVID-199 para agora todos denunciarem uma coisa que já se passa há anos e não é caso único deste lar há mais, mas só vão denunciar se o COVID infectar algum idoso, ninguém sabia de nada nem os funcionários, familiares nem os responsáveis pelas vistorias e a Ordem dos Médicos como tem andado muito ocupada a ver as condições Hospitalares e Centros de Saúde seja aos lares ou a outros serviços, todos têm culpa não é só a ministra como querem fazer crer andam é todos a sacudir a água do capote.

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