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Universidades podem fazer testes serológicos aos alunos, sugere Manuel Heitor

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor

O ministro da Ciência e do Ensino Superior, Manuel Heitor, espera que algumas aulas sejam retomadas em maio e sugere que as universidades testem a imunidade dos estudantes para transmitir confiança no regresso às aulas presenciais.

Testar a imunidade dos estudantes do ensino superior poderá ser uma forma de “transmitir confiança” no regresso às aulas presenciais e na nova forma como as universidades e politécnicos terão de lidar com a pandemia de covid-19, admitiu Manuel Heitor, em entrevista ao Observador.

Horários desencontrados e turmas mais pequenas são também outras medidas apontadas pelo ministro da Ciência e do Ensino Superior para garantir que o funcionamento das instituições de ensino começa a ser retomado já no próximo mês.

O ensino superior “pode transmitir elementos de confiança, por exemplo, com os testes serológicos, que nos podem dar informação nova sobre a nossa capacidade de gerar anticorpos e de ficarmos imunes à pandemia”, referiu o governante. Estes testes permitem apenas perceber se alguém teve contacto o vírus e não se está imune, uma vez que este segundo passo só será possível quando for determinado o nível protetor dos anticorpos criados pela covid-19.

Apesar de ainda não permitem dizer, de forma fiável, se foi constituída imunidade, a ideia é que estes testes sejam desenvolvidos de forma a poderem dar essa indicação.

Esta e outras medidas têm como objetivo mostrar à sociedade como será possível conviver com o vírus antes de ser encontrada a vacina, que poderá demorar até ao verão de 2021 até estar disponível. “Não podemos fechar as nossas economias e a nossa vida social, porque se não morrermos do vírus, morremos de fome.”

Com autonomia, estas instituições devem encontrar modelos de funcionamento seguros, que conjuguem aulas presenciais nos casos em que o ensino fique completamente comprometido de outro modo e com aulas à distância quando é possível, defendeu.

ZAP //

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