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Universidade no Japão manipulou exames para admitir menos mulheres

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Uma universidade privada de medicina em Tóquio alegadamente manipulou, durante vários anos, os resultados dos exames de acesso à instituição com o objetivo de admitir menos mulheres. Na base da manipulação estaria a ideia de que os homens são mais adequados à profissão médica.

O caso está a ser investigado por um escritório jurídico contratado pela própria universidade, que aguarda nas próximas semanas por conclusões que esclareçam melhor a situação, disse um porta-voz daquele estabelecimento do ensino superior à agência de notícias Efe.

O caso, noticiado esta quinta-feira pelos jornais japoneses, foi tornado público no momento em que o Ministério Público de Tóquio investiga a mesma universidade pela suposta pressão exercida por um alto funcionário do Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia para que esta admitisse o seu filho, sob a ameaça de retirar a ajuda pública.

A Universidade de Medicina de Tóquio começou a manipular os resultados obtidos pelos candidatos para estudar medicina em 2011, depois de ter registado um aumento no número de alunas no ano anterior.

Naquele ano, 40% dos novos alunos da universidade privada eram mulheres, o dobro do registado em 2009.

Desde então, o conselho de administração da universidade privada de Tóquio aplicou critérios mais restritivos na avaliação de mulheres nos exames de admissão de forma a manter a percentagem de estudantes do sexo feminino em cerca de 30% do total de novos alunos, segundo o jornal Yomiuri, que cita fontes ligadas ao processo, mas sem as identificar.

Na base da manipulação está a ideia de que os homens são mais adequados à profissão médica, porque as mulheres japonesas frequentemente param de trabalhar depois de se casarem e de terem filhos, segundo o jornal japonês.

No Japão, cerca de metade das mulheres deixa definitivamente os seus empregos depois de se tornarem mães, devido a fatores socioculturais e dificuldades em conciliar vida a familiar e profissional neste país asiático.

O Governo lançou a estratégia Womenomics para promover uma maior participação feminina no trabalho, mas o país continua a registar uma diferença salarial entre homens e mulheres, bem como uma diminuta presença do género feminino nas grandes empresas e na classe política.

ZAP // Lusa

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5 Comments

  1. Por cá nem se escondem as manipulações.. São mesmo a vista dos olhos e os homens sao discriminados e calam se!.. vejam se os testes de admissão às forças policiais ou exército.. as provas são muito mais fáceis para as mulheres!.. o estranho é que apesar do colinho, estas depois podem vir a subir mais depressa nas carreiras e a comandar quem foi melhor do que elas!.. ganham o mesmo apesar de nao conseguirem fazer com a mesma competência o mesmo trabalho derivado a fraca componente física.. isto sim é discriminação!.. talvez o ladrão pense em correr menos ou bater com menos força, pois é uma mulher e tem de ter em consideração que os testes foram bastante facilitados!
    Viva o masoquismo!

    • Mas discriminar homens em relação às mulheres é tradição, é cavalheirsimo, é como tudo sempre foi por isso não se questiona. As tradições da nossa cultura de género só se questionam naquilo que afecta as mulheres. Nas questões que colocam os homens em desvantagem, aí já há que manter a tradição nas diferenças de género.

      Se elas têm mais sucesso académico por exemplo, não há discriminação nenhuma contra os homens… É porque é mérito delas. É porque são mais espertas… Mas depois se apesar de aparentemente serem mais capazes, as empresas preferem os homens, então aí já é discriminação. Se calhar é porque as manhas que elas usaram para tirar melhores notas, não servem para dar mais produtividade nas empresas… Digo eu, que também posso levantar hipóteses. Ou já não posso, porque senão sou machista?

      Eu na verdade acho que os homens e as mulheres são diferentes mas complementares. Uns são melhores numas coisas e outras são melhores noutras coisas. Os seus papeis nas sociedades deveriam reflectir isso e atenção que eu não estou a falar de estupidezes das mulheres terem de ficar na cozinha ou em casa… Não, as mulheres têm capacidades intelectuais e físicas diferentes (nem superiores nem inferiores) às dos homens e embora possam ser livres de escolherem as profissões que bem entenderem, de um ponto de vista de optimização da sociedade, faz mais sentido que se dediquem àquilo para que têm mais aptidões naturais… Em vez de andarem numa psicose de invejas patológicas, sempre a ver o que é que os homens fazem para dizerem “também quero, também quero…” Como uma criança mimada e birrenta.

      Porque se formos mesmo aplicar uma igualdade que corte a direito e fizermos mesmo tudo 100% igual para homens e mulheres, garanto que elas vão ficar a perder… Começando pelos tais testes físicos de que falava o “discriminado”. As mulheres não podem é pensar que vão ter o melhor de dois mundos, libertando-se das desvantagens tradicionais de género, mas mantendo as vantagens tradicionais… Enquanto os homens ficavam com as desvantagens tradicionais (mulheres e crianças primeiro, combater na guerra, trabalhos pesados e perigosos, dar o lugar nos transportes públicos quando também estão exaustos), mas ainda teriam de ceder as suas vantagens tradicionais às mulheres.

      Vamos então parar de defender mulheres que sejam agredidas na rua? Não esqueçamos que estatísticamente a maioria das vítimas de crimes violentos e assassinatos são homens… Vamos acabar com a mama dos tribunais darem quase sempre a guarda dos filhos à mãe? Vamos meter 50% de mulheres a combater na infantaria e a morrer que nem tordos no terreno? Vamos mudar o “mulheres e crianças primeiro” para “crianças primeiro”? Vamos começar a divorciarnos das nossas mulheres quando elas ficam desempregadas? Enfim… Quem pense que as mulheres ficariam melhor do que estão agora se as coisas fossem tornadas verdadeiramente 100% iguais… Que se desengane.

  2. Por cá nem se escondem as manipulações.. São mesmo a vista dos olhos e os homens sao discriminados e calam se!.. vejam se os testes de admissão às forças policiais ou exército.. as provas são muito mais fáceis para as mulheres!.. o estranho é que apesar do colinho, estas depois podem vir a subir mais depressa nas carreiras e a comandar quem foi melhor do que elas!.. ganham o mesmo apesar de nao conseguirem fazer com a mesma competência o mesmo trabalho derivado a fraca componente física.. isto sim é discriminação!.. talvez o ladrão pense em correr menos ou bater com menos força, pois é uma mulher e tem de ter em consideração que os testes foram bastante facilitados!

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