Um simples alerta nos smartwatches melhorou a saúde de pacientes com problemas cardíacos

À medida que o número de pessoas que usam tecnologia vestível, como smartwatches, aumenta, os cientistas continuam a explorar de que forma poderá tornar-se útil para promover a atividade física.

O exercício físico é uma das melhores maneiras de reduzir o risco de doenças cardíacas ou de um segundo evento cardiovascular, como um ataque cardíaco ou derrame.

A mais recente investigação, levada a cabo por cientistas da Universidade de Michigan, permitiu concluir que o envio de mensagens de texto personalizadas promove o aumento de atividade física em pacientes que sofreram eventos cardíacos significativos, como um ataque cardíaco ou cirurgia.

Segundo o EurekAlert, o ensaio clínico acompanhou, ao longo de seis meses, as diferenças nos níveis de atividade física de mais de 200 pacientes inscritos em reabilitação cardíaca.

Alguns deles receberam uma mensagem que incentivava a execução de alguns exercícios, com alguns detalhes específicos como a explicação do contexto, do clima, da hora e do dia da semana em que os exercícios deveriam ser feitos.

Nos primeiros 30 dias, os utilizadores do Apple Watch que receberam a mensagem aumentaram em 10% os seus passos diários na hora seguinte à receção da mensagem, enquanto os utilizadores do Fitbit apresentaram um aumento de 17%.

“O nosso estudo revela uma oportunidade incrível para intervenções simples e de baixo custo fornecidas através da tecnologia móvel, bem como o seu potencial para ajudar a prevenir eventos cardiovasculares secundários”, referiu a investigadora Jessica Golbus.

Um mês depois, os efeitos das mensagens personalizadas começaram a desaparecer tanto nos utilizadores do Apple Watch, como do Fitbit.

De acordo com a equipa, esta regressão é perfeitamente natural dado que os pacientes começam a habituar-se a receber este tipo de mensagens. No entanto, os cientistas continuam otimistas de que é possível otimizar estas intervenções móveis e os seus resultados ao longo do tempo.

O artigo científico foi publicado, este mês, na Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes.

ZAP //

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