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Um adesivo chinês de 1 euro pode tornar inútil uma arma laser bilionária dos EUA

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DARPA

Conceito da tecnologia HELLADS que vai permitir armas laser em aviões de combate.

Com os EUA a gastar milhares de milhões de dólares por ano em armas laser, a China pode ter encontrado uma maneira muito mais económica de contra-atacar os desenvolvimentos norte-americanos.

Os EUA têm vindo a trabalhar no desenvolvimento de armas laser nos anos passados. A vantagem destas armas prende-se à sua capacidade de serem movimentadas e emitidas em terra, na água ou no ar, mas também aos seus custos baixos de produção e à sua infinita munição.

Aliás, os EUA têm não só planos de usar armas laser para atacar forças adversárias, mas também para se defenderem de mísseis balísticos.

No passado mês de setembro, segundo o Interesting Engineering, o Lockheed Martin do exército norte-americano registou um lançamento de um laser de 300kw — o mais potente até à data.

Em busca de novas formas de defesa contra as armas de energia direta dos EUA, investigadores do Instituto de Tecnologia de Pequim têm experimentado combater armas laser norte-americanas multimilionárias com um simples e muito comum material conhecido como resina fenólica boro (BPR).

A China, que é o maior produtor deste material, gasta apenas sete yuan — equivalente a 0,93 cêntimos — para produzir um quilo da resina, segundo o The South China Post.

Este material de baixo custo já é usado militarmente como camada protetora contra o calor em mísseis e drones de alta velocidade.

Os investigadores terão adicionado compostos inorgânicos — nomeadamente carboneto de silício, dióxido de zircónio e nano-pó à mesma resina — para criar um novo compósito, o BPR-1.

Os investigadores aplicaram uma cobertura de cerca de 2,5 milímetros do novo BPR-1, colocando-o em prova perante uma arma laser com uma emissão de 15 segundos.

Com uma densidade de potência de 500 watts por centímetro quadrado, a potência do laser foi muito maior do que a normalmente usada para atingir um míssil balístico.

Um laser de uma arma de três megawatts teria, teoricamente, uma densidade de potência de 300 watts por centímetro quadrado.

Os militares dos EUA exibiram apenas armas a laser de 300 quilowatts — e armas a laser de megawatts estão ainda em desenvolvimento.

Após o teste de 15 segundos, a superfície traseira do revestimento mostrou uma temperatura de superfície de 230ºC, bastante menor que o ponto de fusão de 400ºC do alumínio usado em aplicações aeroespaciais.

Além disso, foi encontrado um material semelhante a vidro derretido na zona afetada pelo calor, algo que os investigadores acreditam ter sido criado pelo BPR-1.

A nova tecnologia poderá deitar abaixo alguns dos planos de armamento tecnológico dos Estados Unidos.

ZAP //

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