Dmytro Kuleba não vê qualquer razão para o presidente da Rússia mudar a sua postura com os responsáveis ucranianos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, rejeitou esta terça-feira novamente qualquer hipótese de negociar com o Presidente russo, Vladimir Putin, para pôr fim à invasão russa da Ucrânia, acusando-o de assassinar o líder do grupo Wagner, Yevgueny Prigozhin.
“Não há nenhuma razão para pensar que o ditador Putin se comportaria de forma diferente ao negociar connosco (…) Aqueles que nos perguntam sobre isso deviam perguntar a Prigozhin: tinha um conflito com Putin, negociou com ele de forma bem-sucedida, pôs fim ao conflito, acordou umas garantias de segurança e depois Putin matou-o”, sustentou.
Assim, Kuleba insistiu em que não existem quaisquer expectativas de obter um resultado diferente em eventuais negociações com o Presidente russo, noticiou a agência de notícias Ukrinform.
A repentina morte do homem que liderava o grupo de mercenários Wagner, a 23 de agosto, no despenhamento, a norte de Moscovo, do avião em que viajava, desencadeou nos últimos dias uma onda de especulações, embora o Kremlin (Presidência russa) tenha garantido que não teve nada que ver com a queda do avião.
Putin expressou publicamente condolências, recordando contudo que o seu antigo aliado cometera “grandes erros na vida”, numa referência velada à revolta protagonizada em junho pelo líder do grupo Wagner.
// Lusa
Putin tem palavra de comunista. Zero.