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Turquia ameaça inundar a Europa de refugiados

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unaoc / Flickr

Recep Erdogan, Presidente da Turquia

Recep Erdogan, Presidente da Turquia

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, criticou esta quinta-feira os apelos internacionais para a abertura da fronteira turca aos milhares de sírios que fugiram dos combates em Alepo e ameaçou enviá-los para outros países.

Não está escrito ‘idiota’ nas nossas testas. Não pensem que os aviões e os autocarros estão aqui para nada. Faremos o que for necessário”, disse Erdogan num discurso a empresários em Ancara.

Há 10 dias, as forças do regime de Damasco, apoiadas pela aviação russa, lançaram uma ofensiva contra os rebeldes na província de Aleppo, em combates que deixaram 500 mortos e provocaram a fuga de cerca de mais 50 mil pessoas, e 30 mil destas estão a tentar entrar na Turquia pela fronteira da cidade de Kilis, onde se encontra um campo de refugiados.

No entanto, o governo turco tem, até agora, fechado a fronteira para parte destes refugiados, apesar dos apelos de líderes da União Europeia.

O chefe de Estado turco confirmou também a discussão com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, noticiada no final do ano passado, sobre o destino dos migrantes e refugiados.

Erdogan ameaçou abrir as fronteiras com os países europeus se a Turquia não recebesse um valor satisfatório para os acolher em seu território – na altura, Erdogan exigia receber 30 mil milhões como contrapartida da UE. “Defendemos os direitos da Turquia e dos refugiados”, afirmou o líder turco.

A Turquia afirma que já abriga 2,7 milhões de refugiados de guerra da Síria e que não tem como acolher mais pessoas, especialmente no campo de Kilis, que já é ocupado por 11.500 sírios.

Em novembro do ano passado, a União Europeia firmou um acordo com a Turquia, oferecendo três mil milhões de euros como contrapartida à ajuda de Ancara para conter os fluxos migratórios para a Europa.

Estima-se que mais de 4,5 milhões de pessoas tenham deixado a Síria desde que a guerra civil começou, em 2011. Outros 13,5 milhões ainda vivem no país e precisam urgentemente de assistência humanitária.

Agência Brasil / BBC

4 Comments

  1. Pois… idiotas não, mas escumalha de certeza que sim!!
    E os alemãs são outros que tal – afinal nunca teriam feito as guerras que fizeram sem a ajuda dos turcos!!

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