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Turquia acusa Rússia de violar espaço aéreo (outra vez)

Alexander Mishin / Wikimedia

Caça bombardeiro Sukhoi Su-24M da Força Aérea da Rússia

Caça bombardeiro Sukhoi Su-24M da Força Aérea da Rússia

Depois do incidente do passado mês de novembro, no qual um caça russo foi abatido pela força aérea turca, o governo da Turquia afirmou este sábado que a Rússia violou o espaço aéreo do país.

De acordo com as autoridades turcas, um caça russo Su-34 ultrapassou o limite aéreo entre os dois países, por volta da meia-noite, horário local.

Após o incidente, a Turquia convocou o embaixador russo para explicações e condenou fortemente o episódio.

Em comunicado à imprensa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Turquia declarou entretanto que a Rússia tem “total responsabilidade por todas as consequências graves decorrentes de tal atitude irresponsável”.

Há dois meses, um caça russo foi abatido por um avião de combate turco, após ter violado o espaço aéreo da Turquia, junto à fronteira com a Síria.

O incidente criou uma crise diplomática entre os dois países, que têm posições opostas sobre a guerra civil na Síria.

Enquanto a Rússia apoia o regime do presidente Bashar Al-Assad, a Turquia defende que Assad deixe o poder.

Rússia desmente

O Ministério da Defesa russo desmentiu entretanto que um avião militar tenha violado o espaço aéreo turco e classificou a denúncia da Turquia como “propaganda vazia”, adiantou a agência EFE.

“Não houve qualquer violação do espaço aéreo da Turquia por aviões do contingente russo na Síria”,  declarou à agência russa Interfax o porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov.

“As declarações turcas sobre a suposta violação do espaço aéreo por um avião russo Su-34 representam propaganda vazia”, acrescentou.

O porta-voz afirmou que “até os especialistas turcos em defesa aérea sabem” que os seus radares “apenas podem detectar a altitude, o curso e a velocidade” de um avião, mas não o seu tipo ou se é russo ou da coligação liderada pelos Estados Unidos que bombardeia os jihadistas na Síria.

“Isso só possível fazer por contacto visual directo de outro avião, que neste caso não existiu”, assegurou Konashenkov.

ZAP / ABr

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