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Visitante derruba estátua do séc. XVIII no Museu de Arte Antiga

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Nuno Miguel Rodrigues / Facebook

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Um visitante derrubou e danificou, este domingo, uma escultura do século XVIII de São Miguel Arcanjo que está exposta no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA).

“O acidente ocorreu quando o visitante, estando a fotografar uma outra obra, recuou sem olhar, não parou apesar dos alertas do vigilante, e foi contra a peça que se encontrava em cima de um plinto”, explica o Ministério da Cultura.

Uma fotografia do acidente está a circular na Internet, onde se pode ver a escultura de São Miguel derrubada no chão e partida.

O pior dia para visitar o MNAA“, destacou no Facebook o visitante Nuno Miguel Rodrigues – que, mais tarde, retirou a fotografia desta rede social.

A situação já está a ser avaliada pelos técnicos de restauro e o diretor-adjunto do museu refere que foi “um acidente muito infeliz”.

A assessora do ministro da Cultura, Teresa Bizarro, adiantou que os danos provocados à estátua “são de fácil reparação”.

Teresa Bizarro assegurou ainda que este acidente “não tem nada a ver” com o alerta lançado, em setembro, pelo diretor do Museu Nacional de Arte Antiga, António Filipe Pimentel.

“São 64 pessoas para 82 salas abertas ao público. De certeza absoluta que um destes dias há uma calamidade no museu. Só pode, porque andamos a brincar ao património. Mas a esta altura todas as tutelas dispõem de toda a informação cabal do que vai acontecer, mas quando acontecer, abre os telejornais”, disse na altura António Filipe Pimentel, citado pela Lusa.

De acordo com o gabinete do Ministro da Cultura, após o derrube de estátua a disposição de peças no Museu de Arte Antiga vai ser reavaliada.

“Nos próximos dias, e após relatório da ocorrência, a Direção Geral do Património Cultural vai avaliar em detalhes os danos e a necessidade de alterar a musealização da exposição, que foi inaugurada este verão, por forma a prevenir acidentes”, destaca.

As entradas no MNAA são gratuitas no primeiro domingo de cada mês.

ZAP / Lusa

6 Comments

  1. Se a assessora do ministro da Cultura, Teresa Bizarro, adiantou que os danos provocados à estátua “são de fácil reparação” fico não só muito mais descansado como acho que o visitante pode e deve dormir descansado! A foto mostra a estátua aos bocados, mas a senhora assessora sabe certamente o que diz! E se assim é, é partir vilanagem, porque não tem afinal grande importância!
    Também têm lá tantas estátuas, que mais uma menos uma ninguém dá por isso!
    Isto prova bem a incultura deste pais: primeiro fotografa-se, algo praticamente interdito em qualquer museu estrangeiro que se preze, depois a vigilância não conseguiu actuar a tempo, e finalmente dá-se o desastre que é minimizado por uma assessora do Ministro da Cultura! Palavras para quê?
    Com uma política cultural destas vamos longe…
    Partidos já todos estamos, pela “boa governabilidade” com que temos sido mimosiados nos últimos anos, e agora junta-se o S. Miguel Arcanjo a todos nós num gesto de solidariedade!
    Pobre país…

    • Também em Dezembro de 2002, quando roubaram as jóias da coroa portuguesa, estupidamente emprestadas para uma exposição de cacaracá na Holanda, não houve problema nenhum. Receberam o seguro, muito inferior ao valor real das jóias, e ficou tudo na paz de Deus…

  2. 100% de acordo com o comentário do Senhor Manoel de Ligne. Em qualquer País com Governantes decentes as Obras expostas estariam devidamente protegidas e tirar fotos nem pensar. Tanto o “derrubador” como o Director do Museu como a “cavalheira” que considera de «fácil reparação» uma estátua do séc. XVlll, deverão ser responsabilizados, e quem numa atitude BIZARRA acha que uma escultura vale tanto partida como inteira, deveria pagar para ocupar o lugar para o qual não tem preparação. Mau mesmo é que estes comportamentos, que incluem falta de seriedade, são fàcilmente encontrados em qualquer área Governamental de alguns anos a esta parte…

  3. Caros,

    As fotos são permitidas em qualquer museu. O que não é permitido é o flash pelos danos que pode causar às obras. Não percebo porque querem proibir as pessoas de fotografar uma visita a um museu.

    Em relação aos comentários da assessora, esperemos que se tenha informado antes de o fazer mas qualquer reparação extra e desnecessária a uma obra do MNAA é triste e não deveria ser minimizada.

    A disposição das obras e/ou os meios para as protegerem não é obviamente a correta se um visitante pode deitá-la abaixo com um encontrão. Se para isso é necessário contratar mais pessoas ou rever como estão expostas, não o sei.

    Se a reparação for possível e simples, como indicam, esperemos que sirva de aviso para cuidados extra a ter não só para acidentes mas também para eventuais tentativas de vandalismo ou roubo.

  4. Recentemente visitei Paris e foi-me permitido tirar fotografias a quase tudo. Não compreendo essa tentativa de impedir de tirar fotos em Portugal e Espanha. Porque não posso levar uma fotografia para estudo artístico (ou para mera recordação?)

    O que não deve ser permitido é atitudes imprudentes por parte dos utilizadores. E obviamente os museus também devem expor as obras de maneira que estejam seguras.

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