Um túmulo medieval na Finlândia, que se pensava conter o corpo de uma guerreira ou governante, revelou uma surpresa: a pessoa enterrada podia ser do género não binário.
De acordo com o site Live Science, o túmulo, com 900 anos, foi encontrado por um arqueólogo, em 1968, em Suontaka, no sul da Finlândia. No seu interior estavam os restos mortais de uma pessoa que vestia tecidos de lã com broches ovais, ou seja, uma vestimenta que, naquela altura, era vista como um traje feminino.
Além disso, também foram encontradas duas espadas: uma do lado esquerdo do cadáver e outra em cima do túmulo, que poderá ter sido lá colocada algum tempo depois do enterro.
“Desde então, o túmulo foi interpretado como uma evidência das mulheres poderosas, e até mesmo guerreiras e líderes, que existiam no início da Finlândia medieval”, escreveram os autores de um novo estudo publicado, a 15 de julho, na revista científica European Journal of Archaeology.
No entanto, os novos testes de ADN realizados por estes investigadores revelaram que a pessoa em questão era anatomicamente masculina e tinha Síndrome de Klinefelter, uma condição de saúde em que um homem possui um cromossoma X a mais (XXY) e que pode causar aumento do peito, infertilidade e um pequeno falo.
Depois desta surpresa genética, os cientistas pensam ser possível que esta pessoa se tenha identificado como não binária e destacam que o facto de ter sido enterrada com espadas e joias sugere que a comunidade onde vivia aceitava essa sua escolha.
“Pensa-se que, no ambiente ultra-masculino do início da Escandinávia medieval, homens com papéis sociais femininos ou que vestiam roupas femininas eram desrespeitados e considerados vergonhosos”, escreveu a equipa, notando que a nova descoberta lança dúvidas sobre esta ideia.
Como as espadas e joias eram caras naquela época, os investigadores consideram que esta pessoa poderia pertencer a uma família rica e possivelmente influente. Outra possibilidade é que fosse um xamã ou alguém que usava magia.
Textos daqueles tempos sugerem que estas pessoas eram homens que usavam roupas femininas porque o deus nórdico Odin “estava associado à magia feminina”, escreveram no estudo.
Não binário ou hemafrodita?
Este é o resultado da infiltração das culturas Woke e Cancel no meio académico. Agora querem reinventar a roda e redescobrir o fogo ao nível dos factos históricos.
Isto deveria ser um bom abre-olhos para o quão pouco fiável os “testemunhos do passado” podem ser. Basta surgir uma moda saloia e tacanha do tipo destas “identitarices”, para se começarem a escrever as mais delirantes e absurdas teorias retratando o mundo de há milhares de acordo com ideiais actuais dos Millennials da esquerda identitária… Muito à frente.